Emoção!

Documentário traz história de Sharapova e mostra a visita da russa à região afetada por Chernobyl

Emocionante produção da ESPN retrata a sofrida história de vida da musa russa e de sua família, diretamente ligada ao trágico acidente de 1986


Quando se olha para Maria Sharapova, uma das esportistas mais bem pagas do mundo, estrela de diversas e milionárias campanhas publicitárias, muitos podem imaginar que a vida desta ainda jovem de 23 anos sempre foi regada de sucesso e mordomia. Porém, os poucos que conhecem de perto a história de vida desta guerreira russa sabem bem tudo que ela e sua família sofreram para chegarem aonde chegaram. Pensando nisso, a ESPN levou ao ar esta semana um belo, bem feito e emocionante documentário sobre a trajetória de Sharapova ao topo do tênis mundial, além de acompanhar de perto a recente visita da musa à região de Gomel, uma das cidades afetadas pelo desastre nuclear de Chernobyl, em 1986

Antes mesmo de vir ao mundo, Maria já poderia ter muita história para contar. Sua família, os Sharapov, foi obrigada a deixar a cidade de Gomel -  hoje pertencente à Bielorússia -  após o trágico acidente nuclear de Chernobyl. Um ano depois, nascia - em Nyagan, na Rússia - a pequena Maria, filha do dedicado casal Yuri e Yelena.

Com apenas 17 anos, Sharapova surpreendeu o mundo e conquistou o título de Wimbledon
Aos quatro anos, assistindo às raquetadas do pai, a pequena loirinha começava a sua trajetória no tênis. Passaram-se dois anos e ela já mostrava todo o seu talento. Em outubro 1993, um encontro inesperado viria a confirmar as suas qualidades. Maria e Yuri haviam sido convidados para participar de uma clínica de tênis para as crianças no torneio de Moscou (a tradicional Kremlin Cup), e a pequena aspirante a tenista teve a chance de bater algumas bolinhas com a então top 5 Martina Navratilova -  que já trazia consigo uma das mais vitoriosas carreiras de uma atleta na história do tênis.

A lendária tenista, então, sugeriu que a pequena aspirante a jogadora se mudasse para os EUA para treinar e aprimorar seu tênis. Assim, o paizão coruja logo se animou e viu a necessidade de entregar todo esse potencial às mãos de um profissional renomado do esporte. O destino? A requisitada e popular academia de Nick Bollettieri na Flórida.

Em março de 1995, pai e filha embarcaram em um avião com destino ao país norte-americano, deixando Yelena, a mãe, na Rússia para terminar os estudos e conseguir um visto. Sem falar inglês e com 700 dólares no bolso (dinheiro batalhado junto aos avós de Maria), Yuri -  com a cara e a coragem, como se diz - bateu nas portas da famosa academia.

Daí em diante, o que se viu foi uma ascensão meteórica da pequena e bela loirinha adolescente que arrasava adversárias muito mais velhas e encantava no tênis juvenil norte-americano. O sucesso mundial não viria a demorar e, com apenas 17 anos, Sharapova era campeã de Wimbledon. Pouco depois chegou à liderança do ranking mundial e mostrou que todo o esforço do pai valeu a pena.

Uma das mais famosas atletas de todo o mundo, a russa aproveitou uma semana de folga no apertado calendário deste ano para visitar, após 11 anos, a região de Gomel, onde morava sua família antes do desastre de Chernobyl. Lá, a musa visitou instituições que cuidam de crianças ainda afetadas pelos efeitos da radiação, levando um pouco de alegria para as sofridas vidas da população local.

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A passagem de Sharapova pela cidade foi devidamente registrada pela ESPN, que traz ao ar esta semana um documentário muito especial contando não só a história de vida da tenista, como também mostrando a emoção de sua volta à cidade onde viveu sua família. O ponto alto das gravações é justamente quando, ao lado do pai, a russa se emociona ao visitar o modesto apartamento onde Yuri e Yelena viviam quando o terrível acidente os fez abandonar a cidade para criar a filha longe das adversas condições.

Além de doar 250 mil dólares para as entidades locais que cuidam das crianças afetadas, Sharapova prometeu que passará a olhar com olhos ainda mais cuidadosos a questão quando deixar as quadras. Certamente dinheiro não faltará, mas o mais importante, pelo menos para as crianças, é ver com mais frequência a menina que deu a volta por cima e ganhou, positivamente, o cenário mundial.

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Da redação

Publicado em 19 de Agosto de 2010 às 09:04


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