"Ainda não acredito que venci", declara Murray após sofrer com dores na vitória em Roland Garros

Nesta quinta-feira, Andy Murray viveu um drama na quadra Philippe Chatrier. Diante do finlandês Jarkko Nieminen, 48 do ranking, o britânico mostrou nitidamente que não estava em sua melhor condição física, mas, mesmo assim, encontrou forças para virar o jogo e avançar à terceira rodada de Roland Garros.

Murray não se sentiu bem em quadra, porém passou na marra pela segunda rodada em Roland Garros

Desde a primeira parcial, vencida facilmente por Nieminen, Murray já demonstrava dores e precisou ser atendido pelo fisioterapeuta no intervalo para o segundo set. Na entrevista coletiva pós-jogo, o jogador escocês, surpreso, admitiu que se sentia muito bem durante os treinos de ontem.

"Eu estava muito bem ontem. Eu fui para a cama e tudo estava bem e, na hora que levantei esta amanhã, tinha algo na minha perna esquerda. No treino, não estava ótimo como ontem. Até me falaram para não jogar, mas disse que estava bem. Mas a partir do 3/0 [no primeiro set], estava muito dolorido", disse Andy.

Quando pediu auxílio do preparador, Murray recebeu uma massagem nas costas, algo que o tenista classificou como um espasmo muscular. Porém, nem isso foi o suficiente para fazê-lo desistir, haja vista que Nieminen começou a cometer muitos erros, principalmente pela força do vento na quadra central.

"Estive a poucos pontos de abandonar o jogo, mas realmente não queria parar. No segundo set, minhas costas começaram a doer, mas o vento começou a influir na quadra e ele cometeu vários erros. Eu sei como é jogar contra alguém que não está se movimentando bem. Daí ele começou a errar, foi ficando nervoso e eu fui tentando colocar as bolas do outro lado. Não fiz nada demais e acabou dando certo para reverter o placar", explicou o número 4 do mundo.

Questionado se ficou satisfeito pela importante virada, a qual deixa-o com chances de título ainda em Roland Garros, Murray foi direto e não acreditava em um triunfo em tais condições. "Não estou satisfeito, só não sei como ganhei hoje. Obviamente em um torneio Grand Slam, é desafiadora a experiência se você fica a dois pontos de desistir de um jogo. Eu não acreditava na possibilidade de ganhar no final do quarto set. Quando terminou a partida, não acreditava que tinha vencido", encerrou o atleta, que encara o colombiano Santiago Giraldo na próxima fase em Paris.

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