O público do torneio representa a maior parcela do faturamento líquido em Nova Iorque
Muito se houve falar, em especial no futebol, que hoje em dia o torcedor é uma fonte de renda irrisória, isso já foi falado inclusive por grande dirigentes do esporte brasileiro, que insistem em um modelo retrógrado de negócio.
Mas nos Estados Unidos a história é diferente, o US Open refuta o que muitos "experts" que coordenam o esporte brasileiro insistem em afirmar. Após a ampliação do moderno complexo de Flushing Meadows, a USTA (Associação de Tênis dos Estados Unidos) lucrou 105 milhões de dólares com a venda de ingressos para o torneio deste ano.
Temos que levar em conta que se trata de um Grand Slam, um dos quatro maiores torneios do tênis, e que estamos falando de Nova Iorque. Mas, se analisarmos que os patrocínios geram por volta de 80 milhões de dólares e 70 milhões pela venda de direito de transmissão, as entradas para comparecer ao Aberto dos Estados Unidos representam a maior fatia dos 253 milhões que o torneio arrecada ao todo, valor que representa 75% da receita anual da USTA.
De acordo com o relatório do economista da Pluri Consultoria, Fernando Ferreira, os 29 clubes com maior arrecadação do Brasil lucraram 160 milhões de dólares (365 milhões de reais) no ano de 2013 inteiro com bilheterias, valor um pouco acima do lucro do US Open com apenas duas semanas de torneio.
Os números mostram que a parcela que um torcedor ocupa nos rendimentos do esporte podem ser ampliadas e serem a principal fonte de renda de qualquer clube ou federação, basta saber lidar com seu público-alvo, algo que os americanos fazem com maestria.
Publicado em 4 de Setembro de 2014 às 16:16