Desde 1877

Vai viajar para acompanhar Wimbledon? Então veja estas preciosas dicas

Saiba o que você precisa para poder curtir de perto o mais tradicional torneio de tênis


Qualquer pessoa que conheça um pouquinho de tênis já ouviu falar no torneio de Wimbledon. A história do mais tradicional torneio do mundo se funde com a do próprio esporte. E o sonho de assistir ao lendário evento realizado pela primeira vez em 1877 habita a mente de praticamente todos os apaixonados por tênis.

Com dias de primavera na maior parte das vezes ensolarados e ocasionalmente chuvosos – como não poderia deixar de ser em Londres –, a cidade respira a grandiosidade do evento. O assunto durante esses 14 dias na metrópole multicultural europeia e capital inglesa é o tênis.

Os exclusivos ingressos são vendidos meses antes, através de “ballots”, que são sorteios de tickets entre pessoas interessadas que cadastram previamente. Esse formato de venda antecipada existe desde 1924 em Wimbledon. A outra forma é encarar as longas e famosas filas (“The Queue”) nos dias do torneio.

No entanto, para quem quer ir à Londres tendo a certeza de que terá seu lugar reservado, as principais agências especializadas vendem pacotes completos e tickets chamados “debêntures”. Estes são os únicos ingressos que podem ser revendidos e são adquiridos oficialmente com membros do clube inglês.

Além dos melhores lugares nos principais estádios do complexo, eles garantem acesso ao Lounge Debênture, com restaurantes privados, bares, chapelaria, guarda casacos, oportunidade de comprar produtos exclusivos para sócios do clube, além de mais conforto, como banheiros exclusivos e amplas sacadas para a visualização dos jogos que acontecem em algumas das quadras secundárias.

Ingressos salgados

O complexo tem dois grandes estádios onde enfrentam-se os melhores jogadores do mundo. A principal é a Centre Court, com cobertura retrátil desde 2009, tem os ingressos mais caros e a garantia de assistir a jogos épicos sem se preocupar com a chuva. A Nº.1 Court tem também grande importância e igual presença de grandes estrelas do torneio, mas só terá cobertura retrátil em 2018.

Com tickets de qualquer um dos estádios, você terá acesso também ao “ground”, que são as quadras menores – mas não menos importantes –, onde os lugares não são marcados e pode-se ver os jogos bem de pertinho.

Comparado com os outros Grand Slams, os dois estádios principais de Wimbledon não são tão grandes, com capacidade inferior à 15 mil pessoas na Centre Court (pouco mais da metade do US Open, com 27 mil lugares) e 11.420 pessoas na Nº.1 Court. Então, de qualquer lugar das arquibancadas você verá bem a partida.

Soma-se isso ao fato do torneio quase não ter patrocinadores expondo suas marcas na quadra. Apenas a Slazenger, bola oficial há mais de 100 anos, e a Rolex, tradicional marca de relógios, têm suas logomarcas de forma discreta expostas nos estádios. Assim, entende-se o porquê de os ingressos serem tão caros.

Um ticket debênture nas rodadas iniciais facilmente passa de mil libras, enquanto um ingresso para a final masculina pode custar de 4 mil à 12 mil libras, dependendo do lugar no estádio e da antecedência na compra. Mesmo com esses valores, a demanda por ingressos é muito maior que a oferta e os tickets esgotam-se rapidamente.

No complexo

Estando no complexo, não deixe de conhecer o museu do tênis. O passeio de meia hora com fones de ouvidos e narrativas no idioma que você escolher – inclusive o português – conta a história do clube e do torneio, além de ter um filme 3D da última edição do evento e um holograma conhecido como “Fantasma do John McEnroe”, que aparece dentro do vestiário e conta curiosidades do torneio. Saborear o tradicional morango com chantilly de Wimbledon é outra experiência que você também não deve deixar passar.

O que fazer em Londres

Londres é uma cidade vibrante e cosmopolita, com um clima agradável nessa época do ano. Faz calor de dia e pode esfriar um pouquinho à noite. Opções de entretenimento não vão faltar. Para quem gosta de compras e lojas de grife, a Oxford Street é um prato cheio, tanto para quem busca preços acessíveis quanto para quem quer marcas de luxo. Tire uma tarde para um passeio ao longo da moderna rua, que tem também diversos cafés e restaurantes para um lanche ou brunch, e descubra muito sobre as mais novas tendências da moda. A Primark faz muito sucesso entre o público jovem e tem roupas e presentes por preços incríveis, enquanto a Topshop, com mais de 8 mil metros quadrados, é a maior loja de moda High Street do mundo, com produtos de diversas marcas.

Não muito longe dali, a Picadilly Circus, quase como uma “Times Square Londrina”, com seus letreiros luminosos, diversos restaurantes, pubs e clubs, é o centro de agito na noite de Londres. Visitar um pub com os amigos após um dia de torneio é diversão garantida. Alguns tem mais de 500 anos de história e você poderá degustar inúmeras cervejas ou os melhores whiskies do mundo vindos da Escócia.

Passeios tradicionais, como para conhecer a London Eye, o Parlamento Britânico, a troca da Guarda Real e o Big Ben podem ser feitos todos em uma única parada na estação de metrô de Westminster. Ao sair da estação, você estará bem em frente ao palácio de mesmo nome. Um bairro que cresceu muito nos últimos anos é Camden Town. Localizado mais ao norte da cidade, ficou muito famoso por ser onde morava a cantora Amy Winehouse. Muito eclético, você verá punks, roqueiros, góticos e os mais diversos estilos. Lá ainda existem diversos mercados. O principal e mais charmoso é o Camden Lock Market, que tem lojas vendendo de tudo, e também comidas dos mais diferentes lugares do mundo, preparadas na hora, por preços bem atrativos.

Onde se hospedar

O bairro de Wimbledon tem casas lindas e mansões enormes. Durante o torneio, muitos moradores saem de suas casas para alugá-las por valores astronômicos para os tenistas, empresas patrocinadoras e um público seleto que se propõe a pagar o valor para estar bem ao lado do clube.

Uma excelente opção de estadia é o bairro de South Kensington. Muito charmoso, é o local escolhido pelo príncipe e princesa de Gales para morar, tem diversos bons hotéis para vários orçamentos, inúmeros cafés, restaurantes e atrações diversas. Você poderá aproveitar muitos pontos turísticos com apenas uma caminhada. Numa mesma rua – a Cromwell Road –, estão o Hyde Park, o Museu de História Natural, o Victoria and Albert Museum e a famosa loja de departamentos Harrod’s. Mais adiante, você ainda poderá pegar o metrô na estação Earl’s Court e ir direto até Wimbledon Park.

Wimbledon é uma experiência única na vida de qualquer apaixonado por tênis, portanto, planeje-se e realize seu sonho.

Mais informações: luzio@mundotenis.com.br

Lúzio Ramos

Publicado em 22 de Junho de 2016 às 20:03


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