Sérvio pegou gancho de 18 meses por não ter se submetido à coleta de sangue em Monte Carlo, mas alegou que "não estava bem de saúde"
Por Matheus Martins Fontes, da redação em 26 de Julho de 2013 às 11:40
Na última quinta-feira, o sérvio Viktor Troicki, de 27 anos e 53° do ranking, foi suspenso pela Federação Internacional de Tênis (ITF) em 18 meses de afastamento por ter se recusado a realizar um exame de sangue no processo antidoping da modalidade durante o Masters 1000 de Monte Carlo, em abril.
Troicki não aceitou a suspensão de 18 meses fora das quadras e explicou o porquê de não ter feito exame de sangue em Monte Carlo
A suspensão de Troicki, herói da conquista sérvia na Copa Davis de 2010, começa a partir de agora e só terminará no dia 24 de janeiro de 2015. O jogador também perderá a premiação que acumulou no torneio em Mônaco, assim como os pontos - Troicki foi eliminado na primeira rodada pelo finlandês Jarkko Nieminen.
Em defesa, o atleta disse que havia pedido permissão para ser dispensado do exame de sangue devido a um mal-estar, explicação que não foi acatada pela ITF. "Viktor cometeu uma violação da regra antidopagem nos termos do artigo 2.3 do Programa Antidoping do Tênis, por recusa ou falta sem justificação válida para não se submeter à coleta de amostra", diz parte do comunicado da ATP.
Nessa sexta, Troicki se mostrou inconformado com a punição e alega total inocência quanto às substâncias proibidas no esporte. "Este é o pior momento de minha carreira. Sou completamente inocente, nunca consumi drogas ilegais. A verdade é que não fiz exame porque naquele dia não me senti bem. Fiz exame com a mesma pessoa no dia seguinte e deu negativo", desabafou.
A própria médica responsável pelo exame em Monte Carlo havia aconselhado Troicki a não realizar o teste já que não estava se sentindo bem. "Ele me disse que eu parecia muito pálido e doente, e que eu poderia não fazer o testes se escrevesse uma carta explicando o ocorrido para a Federação. Ela me ditou a carta e permitiu que eu fosse embora sem a coleta de sangue", garantiu o sérvio.
"Não menti sobre esse caso e isso realmente dói. Mas vou recorrer na Corte Arbitral do Esporte (CAS). As regras são rígidas e devem ser, mas foi um total erro da oficial do controle antidoping do local. Espero que eles procurem a verdade e a achem", concluiu Troicki.