Suíço vai disputar sua última competição na Laver Cup
Marcela Linhares em 15 de Setembro de 2022 às 15:40
Por Marcela Linhares, Rio de Janeiro
Hoje, dia 15 de setembro, Roger Federer anunciou sua aposentadoria do tênis através de suas redes sociais. É algo que venho trabalhando dentro de mim há muito tempo e mesmo assim parece que nunca vou saber digerir já que eu sempre me perguntava como eu iria estar no momento que isso fosse anunciado.
O suíço tem 41 anos e vem lutando há mais de um ano contra o próprio corpo. Aliás, luta desde 2016, ano em que Federer disputou nem 30 partidas e teve que se despedir precocemente da temporada. Nem a Olimpíada disputada no Rio foi possível.
2016 foi o ano em que tive a oportunidade de ficar frente a frente com o Maestro. A realização de um sonho para a maioria dos fãs de tênis. Conhecer, ouvir, trocar uma ideia com um ídolo. Se demonstrou chateado por não ter ido disputar a Olimpíada, mas parecia estar empolgado para retornar ao circuito no ano seguinte. E que ano seguinte... Se tornou a primeira temporada desde 2009 que Federer conseguiu vencer mais de um major sendo campeão no Australian Open em decisão inesquecível contra Rafael Nadal e conquistou Wimbledon.
2017, ano em que já marcava 16 temporadas desde a primeira vez que conquistou o primeiro título da ATP, momento em que seu nome já estava mais do que consolidado no circuito e, mesmo assim, seguiu lutando e buscando se reinventar. Tanto é que vale lembrar que em 2018 ele conseguiu retomar a liderança do ranking.
O que eu quero dizer com isso é bem simples. Mesmo não sendo simples conseguir me expressar sobre alguém como Roger Federer, é mais do que nítido que hoje é um dia triste para o esporte. É sempre duro ver um de seus maiores esportistas se despedir. Alguém que, como poucos, sabia unir a classe, elegância e um talento nato. Saber a hora de parar requer sabedoria e isso nunca faltou no suíço, alguém que serve de exemplo como tenista que desde sempre soube administrar muito bem o próprio corpo e a própria carreira.
Dói. Vai doer. É uma parte do esporte que se vai, mas que eu garanto que vai ser para sempre lembrada. Em cada canto, em cada quadra, em cada momento. Eu só consigo agradecer por todos os grandes momentos que acompanhei do esportista que me fez seguir o jornalismo esportivo. De um tenista que vai ter um peso diferente por ter me feito ficar apaixonada pelo tênis e me fez ser parte de quem eu sou hoje.
Obrigada. É isso que eu consigo dizer. Obrigada por tudo.