Ver e aprender, sempre

HÁ 37 ANOS, a USTA (federação norte- americana de tênis) organiza - junto com o US Open - a Tennis Teachers Conference (conferência dos professores de tênis). Treinadores do mundo inteiro se cadastram para os quatro dias de palestras com nomes como Martina Navratilova, Nick Saviano,Harold Solomom, Andy Brandi, Bruce Elliot, entre tantos outros, e também para trocar experiências. Em 2007, alguns brasileiros estiveram presentes e, dentre eles, Cesar Kist, diretor do departamento de Capacitação da CBT.

Uma das novidades apresentadas durante a Conferência foi o programa 36/60 da USTA, que nada mais é do que uma variação do Play and Stay da ITF. "Isso mostra que estamos no caminho certo", afirma Kist. O 36/60, assim como o projeto da ITF, é voltado para os iniciantes e, para tanto, começa o ensino com formatos de quadras e raquetes menores e bolas mais lentas.

"A campanha do Play and Stay mostra que o tênis deve ser visto como um esporte fácil, divertido e saudável e, para que isso aconteça, não dá para você jogar com uma bola que quica muito, em um tamanho de quadra que, às vezes, você não consegue jogar. Então, são três estágios de bola (mais lentas que as convencionais), até chegar à normal. Três estágios de quadra até a oficial. Englobando sempre o formato de competição, fazendo todo mundo jogar mais, para depois partir para as aulas mais técnicas e táticas", conta o treinador.

Outro programa interessante divulgado durante o US Open foi o Cardio Tennis. "Aqui (EUA) já está rolando há bastante tempo e a gente vai levar para o Brasil. A idéia é trazer aquelas pessoas que estão se exercitando em uma academia, fazendo esteira, bicicleta etc, para fazer o treino na quadra. Não precisa saber jogar, pois a aula não tem como objetivo principal a parte técnica e tática, mas, sim, fazer um bom exercício físico com alegria e descontração. Para isso, utilizam-se vários drills e jogos com música, tornando a aula muito divertida", revela Kist.

A intenção do diretor do departamento de Capacitação da CBT é implantar estes programas no Brasil, mas ele ressalta: "O sucesso disso tudo depende sempre dos treinadores. Se a pessoa que vai executar, executa mal, não funciona. Cada vez estou mais convencido da importância do papel do professor no desenvolvimento do esporte.

Esse trabalho de conscientização, de que o profissional precisa investir nele, é fundamental. Sempre há algo novo para aprender. Essa parte da formação, capacitação e atualização é uma coisa permanente. Não basta fazer um curso ou dois, é uma coisa dinâmica".

Mais informações sobre os programas Play and Stay e Cardio Tennis: www.tennisplayandstay.com www.cardiotennis.com