Cearense de 24 anos de idade conversou com a Revista Tênis no Encontro Internacional da CBT
Por Vinicius Araujo e Guilherme Souza em 15 de Dezembro de 2018 às 17:14
Crédito: Green Filmes
Thiago Monteiro está vivendo uma nova fase de sua carreira após deixar a Tennis Route, no Rio de Janeiro, e se mudar para a Argentina. Em busca de novos ares e uma nova rotina de treinamentos, o atual número 1 do Brasil afirmou que precisa de mais tenistas profissionais no seu ambiente de treinons e também vai focar em melhores resultados nos torneios de quadras duras.
Conversamos com o melhor tenista brasileiro da atualidade no Encontro Internacional de Treinamento da CBT, em Florianópolis. Confira o bate-papo:
Como você está encarando essa mudança para a Argentina?
É diferente, mas estou lá por um objetivo de jogar num nível melhor, por isso troquei de treinador, minha base e tudo mais. Lá temos muitos jogadores que estão em pré-temporada, como Schwartzman, o Pella e esse pessoal todo com quem ando treinando. Você acaba se mantendo e treinando em um ritmo diferente que vai te ajudar a competir em um nível maior. Estou feliz e 100% motivado. Meu treinador vem fazendo um trabalho muito bom comigo, já fazendo algumas alterações no meu jogo. Espero que ano que vem eu possa colher os frutos do que venho plantando agora.
Resenha com Guga no Encontro Internacional CBT. Crédito: Green Filmes
Qual foi o principal motivo de sair do Brasil?
Vou ser eternamente grato por tudo que a Tennis Route fez por mim no Rio de Janeiro. O Duda, principalmente, que era meu treinador e viajava praticamente todas as semanas comigo. Ele tem uma mulher, uma família e sei que não é fácil. Eu tive meus melhores momentos como profissional com eles. [A mudança] foi mais uma questão de ter uma nova rotina, do desgaste de quatro ou cinco anos fazendo as mesmas coisas. É difícil manter a motivação todos os dias.
Depois de uma temporada que eu bati na trave em alguns resultados e as coisas pareciam não acontecer por algum motivo eu pensei que era o momento de tentar alguma coisa nova, uma mudança de ares, pegar um treinador mais experiente e que já treinou outros grandes jogadores. Eu tenho uma relação muito boa com o pessoal da Tennis Route, quando estou no Brasil eu treino lá com a equipe ainda. Vai ser como uma base minha no Brasil, um step para quando precisar treinar. Fico feliz por ter saído pela porta da frente e agora é estar focado no novo plano de trabalho com a nova equipe.
Na Argentina tem vários jogadores profissionais treinando. Rola uma troca de experiências ou é mais cada um na sua?
Rola bastante interação, tanto entre os jogadores quanto entre os treinadores, o que é mais importante. A gente está sempre mesclando o treino com outros jogadores. Eu treino com o Schwartzmann em um dia, com o Pella no outro, como o Andreozzi no outro e todos tem treinadores em academias diferentes.
Monteiro em treino na sede da CBT. Crédito: Green Filmes
A escola brasileira é no saibro e a argentina também. Você está interessado em investir em quadra dura para melhorar sua performance nesse piso?
Sem dúvidas. Eu gosto de jogar em quadras rápidas, mas o meu calendário é focado no saibro dentro dos Challengers e noo circuito ATP, que é o grande nível e onde eu quero estar, tem mais torneios em quadra dura. Eu passei por um momento de adaptação lá na China, joguei alguns torneios que me ajudaram a evoluir, mas por conta do ranking não ter subido tanto como eu gostaria não consegui jogar mais torneios em quadra dura. É uma transição que eu estou tentando fazer, buscar mais os torneios de quadras duras.
Crédito: Green Filmes
Qual o adversário mais forte que você enfrentou?
Fernando Verdasco.
Qual torneio que você mais gostou de disputar?
Rio Open.
Qual seu maior sonho como tenista profissional?
Chegar ao Top 10.
Qual sua principal meta para 2019?
Jogar a chave dos Grand Slam e encerrar o ano no Top 50.
Qual time você torce?
Ceará.
Qual raquete você joga?
Babolat Pure Strike.
Qual seu tenista preferido?
Roger Federer.
E no feminino?
Simona Halep.