Sem perder a ternura?

Sem perder a ternura?

Da redação em 21 de Março de 2013 às 07:29

JÁ OUVIMOS AMIGOS DIZER: "Só acompanho tênis feminino se tiver alguma mulher bonita jogando". A frase carrega um tom de preconceito, é verdade, porém, em alguns casos, isso não está relacionado com machismo e sim com a monotonia que, em alguns momentos, impera em uma partida entre mulheres.

Faz alguns anos, o tênis das mulheres chegou a um patamar em que a força se tornou o principal componente - talvez culpa das irmãs Williams e seu estilo "brutamontes", que obrigou as outras, mais franzinas, a trabalharem a preparação física. Desde então, vê-se cada vez menos variação de estilos, algo que também já tinha contaminado o circuito masculino em outras épocas.

No entanto, essa era de "tênis força" vai perdurando e ditando os rumos do esporte. Em uma análise rápida das tenistas top atualmente percebe-se que há pouquíssima variação de estilo nas primeiras posições do ranking. A maioria esmagadora das mulheres joga soltando marretadas do fundo da quadra, e só. Uma ou outra sabe usar o slice. Menos ainda sabe jogar na rede. Dessa forma, acaba se destacando quem tem mais regularidade, quem consegue manter o alto nível físico por mais tempo.

Diante desse quadro, a Revista TÊNIS esteve no Brasil Tennis Cup - o primeiro WTA realizado no País desde 2002 - e aproveitou para questionar isso com as tenistas e treinadores que estiveram em Florianópolis. Tênis feminino hoje é só força? Como ele vai evoluir? Em seguida, também perguntamos: se a regularidade é um fator fundamental, por que há tantas oscilações entre as mulheres na ponta do ranking?

Em uma edição dedicada ao tênis feminino, aproveitamos para contar um pouco da trajetória da nossa atual número 1, a pernambucana Teliana Pereira, que tem feito campanhas excelentes e se aproxima do top 100. Conversamos também com a tenista mais velha em atividade, a japonesa Kimiko Date Krumm, para compreender a sua longevidade. Não deixamos de observar a principal estrela do WTA de Floripa, Venus Williams, para detalhar dois de seus golpes mais mortais, o saque e a devolução.

Nesta edição, também tratamos de um tema com o qual a maioria dos tenistas amadores não dá atenção: a combinação entre raquete e corda. Especialistas mostram como escolher a melhor raquete e a melhor corda para o seu estilo de jogo.

Bom jogo!
Arnaldo Grizzo e Christian Burgos

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