Da redação em 22 de Outubro de 2010 às 06:47
Fernando Romboli |
Daniel Silva |
Como já virou rotina, mais uma vez não deu para os tenistas visitantes nos torneios Futures realizados em solo brasileiro entre meados de setembro e outubro. Neste período, foram três eventos, todos vencidos por brasileiros. Em Recife, o jovem Daniel Dutra Silva voltou a se destacar após um período sem grandes resultados e bateu o argentino Juan Pablo Villar na decisão. Já em Itu, no interior paulista, Fernando Romboli superou o brasileiro naturalizado sueco Christian Lindell para ficar com o título. E por fim, de volta às quadras nordestinas, Danielzinho venceu mais uma, faturando o torneio de Salvador ao bater Romboli na partida decisiva.
Roxane Vaisemberg |
Teliana Pereira (Á esquerda) |
O MÊS FOI DAS MENINAS >>
O bom momento vivido no último mês não ficou restrito apenas aos homens. Entre as mulheres, foram quatro torneios ITF seguidos disputados em solo brasileiro, todos vencidos pelas meninas "da casa". Na bela Itapema, em Santa Catarina, assim como em Mogi das Cruzes, no interior paulista, Roxane Vaisemberg seguiu embalada e venceu mais dois torneios em 2010. Nas duas semanas seguintes, foi a vez de Teliana Pereira - voltando a jogar bem após se recuperar de cirurgia no joelho - conseguir o "bi", vencendo os eventos de Arujá, em São Paulo, e Londrina, no Paraná.
MAIS UMA QUE VOLTA >>
Está mesmo na moda as mulheres voltarem às quadras depois de se declararem aposentadas. Kim Clijsters e Justine Henin são exemplos mais próximos. Porém, mesmo tenistas mais velhas andam tentando a sorte. Que o dia Martina Navratilova, que anos atrás resolveu disputar alguns torneios já com mais de 40 anos, e recentemente a japonesa Kimiko Date, que voltou ao circuito também quarentona. Nessa onda, ex-número quatro do mundo, a búlgara Magdalena Maleeva resolveu surpreender a todos no final de setembro e anunciou, aos 35 anos, que estava voltando às quadras após cinco temporadas de aposentadoria. A veterana voltou com tudo e conquistou o torneio local de Plovdiv, no sudeste da Bulgária.
SÓ EM JULHO >>
Após a sofrida derrota para a Índia, o Brasil só voltará a jogar pela Copa Davis em julho de 2011. Isso porque a equipe brasileira entrou novamente como cabeça-de-chave no Zonal I Americano, e aguarda o vencedor do duelo entre Uruguai e Colômbia para estrear na competição na próxima temporada. O duelo, que valerá uma vaga na repescagem do Grupo Mundial, pode acontecer no Brasil se os adversários forem os colombianos, ou no Uruguai, em caso de termos de repetir o duelo de maio deste ano, disputado em Bauru. A equipe brasileira está fora da elite do tênis desde 2003.
Thiago Monteiro |
PELO MENOS NO JUVENIL...
Se a equipe comandada pelo capitão João Zwetsch não conseguiu levar o Brasil de volta ao Grupo Mundial da Copa Davis, pelo menos os meninos da futura geração conseguiram um bom resultado para o País na chave juvenil da competição. Após terminar a primeira fase em segundo lugar em seu grupo, os brasileiros perderam para a Austrália e deram adeus às chances de título, mas uma vitória contra o Chile garantiu a sétima colocação para a delegação chefiada por Paulo Moriguti, que contou com os promissores Pedro Dumont, Thiago Monteiro e Gustavo Castro. No fim, no quadro masculino, os campeões foram os japoneses, que venceram os canadenses na final, seguidos por França, em terceiro, e Grã-Bretanha, em quarto. Entre as meninas, vitória da equipe russa, que desbancou a China. Ucrânia e Estados Unidos completaram o pódio.
Rogério Dutra Silva |
POTÊNCIA SUL-AMERICANA >>
Cada vez mais contando com um grande número de tenistas brasileiros entre os principais favoritos, os torneios Challengers disputados em solo sul-americano trouxeram bons resultados para nossos tenistas no último mês. Em Belo Horizonte, em um dos mais tradicionais torneios do País, Rogério Dutra Silva confirmou o bom momento e bateu o argentino Facundo Arguello para deixar o título em casa. Na semana seguinte, na primeira etapa da Copa Petrobras 2010, o ascendente João "Feijão" Souza deu mais um importante passo rumo ao top 100, batendo o marroquino Reda El Amrani e sagrando-se o campeão em Bogotá, na Colômbia - onde André Sá e Franco Ferreiro venceram a chave de duplas e confirmaram a supremacia brasileira. Supremacia quase confirmada sete dias depois com Júlio Silva, na cidade de Cali, também na Colômbia. Julinho ficou com o vice-campeonato após perder para o local Carlos Salamanca. E por fim, na semana seguinte, em Quito, no Equador, Feijão superou Rogerinho em duelo brasileiro na semifinal, mas parou no local Giovanni Lapentti na decisão.