Tudo na mesma, por enquanto / Desta vez não rolou / Ajuda / Brasil em Roland Garros? / Escolinha do Fabiano / Primeira final
Da redação em 6 de Março de 2015 às 00:00
O primeiro Grand Slam do ano, sempre carregado de expectativas, desta vez não trouxe muitas novidades. Novak Djokovic continuou soberano e levantou o quinto título no Australian Open, seu oitavo Major na carreira. Durante a campanha, teve apenas dois desafios reais, já que Rafael Nadal e Roger Federer decepcionaram.
O suíço perdeu ainda na terceira rodada de forma lamentável para o italiano Andreas Seppi. O espanhol chegou mais longe, nas quartas, quanto tomou até pneu de Tomas Berdych. Na segunda rodada, porém, Nadal já tinha sofrido muito com o jovem Tim Smyczek, vencendo apenas no quinto set e depois de o norte-americano ter tido uma bela atitude de fair-play no último game da partida (um torcedor gritou enquanto Rafa sacava e Tim pediu que o espanhol sacasse novamente).
Djokovic, portanto, deu o troco em Stan Wawrinka pela derrota no ano passado, e, na final, soube lidar com a mente pouco resistente de Andy Murray, que, até então, tinha jogado o melhor tênis do torneio todo.
Entre as mulheres também houve pouca novidade. Serena Williams e Maria Sharapova fizeram a final, com nova vitória da norte-americana. A russa não vence Serena desde 2004. Interessante é que as semifinais do torneio foram disputadas entre duas norte-americanas e duas russas. Madison Keys e a Ekaterina Makarova surpreenderam, jogaram incrivelmente bem, mas pararam nas favoritas.
Por fim, os brasileiros não deram sorte. Logo na estreia, Thomaz Bellucci enfrentou o incansável David Ferrer e João Souza encarou o experiente croata Ivan Dodig. Nas duplas, como sempre, tivemos os melhores resultados. Marcelo Melo esteve a dois pontos de chegar à final, mas parou na parceria francesa de Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut. Bruno Soares, por sua vez, também esteve próximo da final em duplas mistas, mas perdeu nos detalhes na semifinal.
Resultados finais |
SimplesNovak Djokovic (SRB) v. Andy Murray (GBR) 7/6(5), 6/7(4), DuplasSimone Bolelli (ITA) e Fabio Fognini (ITA) v. Pierre-Hugues Herbert (FRA) e Nicolas Mahut (FRA) 6/4 e 6/4 JuvenisRoman Safiullin (RUS) v. Seong-chan Hong (KOR) 7/5 e 7/6(2) |
No ano passado a equipe brasileira da Fed Cup conseguiu vencer o Zonal Americano e se classificou para o Play-off do Grupo Mundial, algo que não ocorria desde 2008. Em 2015, porém, não tivemos a mesma sorte. Jogando em San Luis Potosi, no México, o time da capitã Carla Tiene novamente chegou à final do Zonal, mas, na decisão, acabou perdendo para o Paraguai. Durante a campanha, Teliana Pereira foi poupada por ter sentido uma lesão ocorrida nos treinos. Assim, coube a Beatriz Haddad Maia e Paula Gonçalves o trabalho de liderar a equipe, junto com Gabriela Cé.
O projeto social WimBelemDon, três vezes vencedor do Prêmio TÊNIS (incluindo a edição 2014), lançou-se em uma importante empreitada. Eles começaram uma campanha de financiamento de crowdfunding que visa comprar em definitivo o terreno em que a ONG está instalada em Porto Alegre. Depois de 15 anos na mesma sede, onde atende mais de 100 crianças carentes, o projeto corre o risco de ser desalojado e, por isso, decidiu se empenhar na campanha chamada Fixando Raízes WimBelemDon. Para saber mais e fazer a sua doação (cada valor gera uma recompensa ao doador), acesse: www.kickante.com.br/campanhas/fixando-raizes-wimbelemdon
No final de janeiro, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e a Federação Francesa de Tênis (FFT) assinaram um acordo de cooperação e, entre as ações planejadas, estão dois eventos, sendo um deles uma seletiva para a chave juvenil de Roland Garros. O primeiro evento ocorre em abril, com chaves masculina e feminina de 16 tenistas de até 18 anos. Os vencedores vão disputar um round robin com os vencedores de seletivas na Índia e na China. Quem ganhar, entra direto no Grand Slam juvenil. Os perdedores ainda têm vaga no quali. O outro evento, em junho, será o “Roland Garros in the city”, ação promocional concomitante à realização do Major parisiense com diversas atividades ligadas ao tênis.
A história de Fabiano de Paula, tenista nascido na Rocinha, sempre cativou outros jovens carentes a tentarem a sorte no tênis. Agora, porém, é o próprio Fabiano quem estará oferecendo essa oportunidade aos garotos da favela onde nasceu. No começo de fevereiro, foi inaugurada a Escola de Tênis Fabiano de Paula no Parque Ecológico, ao lado da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, no Rio de Janeiro. A escolinha é voltada para jovens e crianças de quatro até 14 anos e atenderá cerca de 200 crianças em dois turnos. “Vou poder ajudar as crianças a terem um futuro melhor, a escolher o caminho longe da violência. Vou procurar estar perto das crianças para passar a experiência e ensinar um pouquinho do que aprendi no tênis”, disse o tenista.
Se a semana do Brasil Open foi especial para João Souza, que alcançou a semifinal em simples, a semana anterior, no ATP de Quito, já havia sido excelente. Atuando ao lado do dominicano Victor Estrella Burgos (que, aos 34 anos, venceu seu primeiro ATP na carreira), Feijão alcançou a final de duplas, sua primeira final desse nível. Na decisão, eles perderam para a dupla alemã de Gero Kretschmer e Alexander Satschko. No mesmo torneio, Thomaz Bellucci foi bem, chegou à semi, mas perdeu para Burgos.
Resultado - ATP de Quito |
Gero Kretschmer (GER) e Alexander Satschko (GER) v. Victor Estrella Burgos (DOM) e João Souza (BRA) 7/5 e 7/6(3) |