Os números do US Open impressionam. São mais de 700 mil pessoas em duas semanas de evento e uma renda que representa 90% do orçamento anual da USTA
Da redação em 17 de Outubro de 2007 às 12:12
Mal o US Open começou e o locutor da sala de imprensa, além de convocar os jornalistas para as entrevistas coletivas, também anunciava seguidas quebras de recorde de público diário, sempre superando a casa dos 60 mil. Foi assim durante sete dias. No fim, como eles haviam projetado desde o princípio, mais de 700 mil pessoas (721,087 exatamente) passaram pelo "maior evento esportivo anual" em 2007. Pode até ser exagero deles, mas não há dúvida de que o negócio é grande. Tão grande que representantes da USTA calculam que ele signifique 90% do orçamento anual da federação norte-americana de tênis. Ou seja, o US Open sustenta boa parte do tênis nos Estados Unidos. Um dos diretores de Relações Públicas não quis revelar o montante exato - somado patrocínios, licenciamento de produtos, vendas em geral, ingressos etc - arrecadado com o evento, mas garantiu que ele sustenta as operações e programas da USTA pelo país.
Na apresentação do US Open, no Empire State, a presidente da federação norteamericana, Jane Browm Grimes, ressaltou que o torneio representava um impacto de US$ 425 milhões na economia de Nova York. Aliás, consumir é uma regra por lá. As vendas de produtos do Grand Slam aumentou em 20% em relação a 2006. Para se ter uma idéia, foram vendidos mais de 75 mil bonés com o logo da competição. No estande da Nike, o modelo preto do tênis de Roger Federer, uma edição limitada, esgotou-se em questão de minutos. Poucas horas depois sobraram poucos pares de tamanhos esdrúxulos, mas que também não duraram até o fim do dia.
No início da última semana já não era mais possível encontrar camisetas de tamanho pequeno ou médio nas lojas do complexo. Somente algumas grandes e extragrandes sobraram nos cabides.
No fim, um representante da USTA perguntou por que a Revista TÊNIS queria saber quanto dinheiro era arrecadado com o US Open e quanto isso representava para eles. Ao ser informado de que, no Brasil, a Confederação Brasileira de Tênis tira seus proventos, principalmente, das inscrições de torneios e da organização da Copa Davis, ele conteve o riso, mas não por muito tempo. Ao virar as costas, rindo, comentou com os colegas, que arregalaram os olhos e provavelmente pensaram o mesmo que ele: "Como será que eles sustentam o tênis por lá?" Pobres de nós...