Saiba como proceder e quem vence a jogada em situações contra este "ansioso vencedor"
Da redação em 23 de Junho de 2016 às 09:30
Todo clube sempre tem aquela figura exaltada. Sim, aquele que todos sabem quando está em quadra. Mais, sabem quando está perdendo ou ganhando. E sabem porque ele faz questão de externar seus sentimentos o mais alto possível. Se vence um ponto, vibra como Lleyton Hewitt. Se perde, xinga como John McEnroe. É impossível não notar sua presença e seu comportamento – muitas vezes inapropriado.
Mas e quando esse tenista estressadinho começa a vibrar ou esbravejar antes mesmo de os pontos acabarem, o que fazer? Sim, há momentos em que ele pode estar tão tenso, nervoso, que, antes mesmo de o ponto acabar, comemora um “winner” que o oponente conseguiu devolver. Ou então, chama fora uma bola que entrou. Obviamente, diante dessas situações, esses tenistas se fazem de rogados e continuam o ponto como se nada tivesse acontecido.
No entanto, se você conseguiu devolver para a quadra o suposto winner enquanto seu adversário comemorava efusivamente, o ponto é seu – caso essa comemoração tenha lhe atrapalhado. E o mesmo vale para a chamada de bola fora quando ela, na verdade, foi dentro. Por mais que seu rival argumente que continuou o ponto mesmo depois de ter chamado a bola fora, o ponto é seu – caso essa chamada tenha interferido no restante da jogada. E se, por outro lado, meu adversário golpeou a bola, achou que ela ia fora, ficou se xingando, mas a bola entrou? Se isso lhe atrapalhou, ponto seu também.
Aliás, a regra número 26 da ITF, que fala sobre as “obstruções” (ou hindrance), explica: “Se um jogador for impedido de jogar o ponto por um ato deliberado do adversário, este jogador deve ganhar o ponto. No entanto, o ponto deve ser repetido se um jogador foi impedido de jogar o ponto por qualquer ato involuntário do adversário, ou algo fora do controle do próprio jogador (não incluindo uma instalação permanente)”. Ou seja, qualquer interferência proposital (por mais que possa parecer inofensivo, gritar um “Vamos!” antes de o ponto acabar não é considerado “ato involuntário”) faz com que o ponto seja dado ao jogador prejudicado.
Portanto, se seu adversário chamou fora uma bola dentro e prontamente se corrigiu, problema dele. Esse ponto não volta, ele é seu. Da próxima vez, seu oponente vai pensar duas vezes antes de comemorar o ponto sem que a bola tenha quicado duas vezes na sua quadra ou mesmo gritar “out” em uma bola duvidosa.