Como o beach tennis evoluiu no Brasil e no mundo em 2014?
Por Marcela Evangelista em 21 de Novembro de 2014 às 00:00
A evolução do beach tennis no mundo, tão falada por quem está envolvido com o esporte mas também por quem não está, pode ser comprovada pelo aumento do número de torneios profissionais do circuito da Federação Internacional de Tênis (ITF) no planeta. O calendário de 2014 contou com 208 torneios, 41 a mais que o de 2013. E houve também maior diversidade no local dos eventos: enquanto 33 países sediaram torneios ITF de beach tennis no ano passado, este número subiu para 39 nesta temporada.
O investimento financeiro nesses dois últimos anos, entretanto, manteve-se semelhante. Em 2014, foram distribuídos US$ 415 mil em premiação e, em 2013, US$ 411 mil. Isso se explica pelo fato de o salto no número de torneios em 2014 ter se dado, em grande parte, com a realização de mais competições nível G4, que não exigem distribuição de premiação em dinheiro.
Após ser o líder em número de torneios ITF de beach tennis realizados em 2013 (foram 16 torneios), o Brasil manteve-se como uma referência em 2014, sediando 14 eventos, atrás apenas da França e do Japão, que organizaram 15 cada um. Para os que ainda não tiveram a oportunidade de assistir a um torneio profissional de beach tennis ou mesmo de conquistar seus primeiros pontos no ranking da ITF, o torneio que fecha o calendário brasileiro de 2014, o G3 de Santos, acontecerá nos dias 6 e 7 de dezembro e distribuirá premiação de US$ 2.500. Outra opção é o G1 de Santos que está confirmado para 24 e 25 de janeiro de 2015 e distribuirá US$ 10 mil.
Apesar da pequena diminuição no número de torneios e, consequentemente, da premiação total distribuída pelos torneios brasileiros (US$ 48 mil em 2014 e US$ 55 mil em 2013), a quantidade de eventos ITF realizados no Brasil permite que jogadores brasileiros ganhem posições no ranking mundial sem “sair de casa”. Enquanto o ranking da ATP considera os 18 melhores resultados nas últimas 52 semanas e o da WTA leva em conta os 16 melhores, o circuito de beach tennis da ITF soma apenas os seis melhores resultados no ano. Ou seja, se o desempenho do jogador (pontuação obtida) a partir do sétimo torneio for igual ou pior do que nas competições anteriores, não há alteração na soma de pontos e o resultado é descartado.
Entretanto, continua sendo extremamente importante que os atletas participem de torneios fora do país para terem contato com jogadores de níveis e estilos de jogo variados. Ainda que ofereçam pontuação e premiação similares, torneios em locais distintos podem apresentar nível técnico bastante diferente. Tal variação pode ocorrer no próprio país, sendo o Brasil um excelente exemplo. Em 2014, seis estados sediaram torneios do circuito ITF, dessa forma, ainda que um beach tenista decida participar de competições ITF apenas no Brasil, é recomendável que ele jogue torneios em estados diferentes. Vale lembrar que o Brasil sediou eventos de todos os níveis do circuito ITF em 2014, com destaque para a realização do Pan-Americano pelo segundo ano consecutivo.
Um aspecto interessante do cenário do beach tennis no Brasil é a crescente oferta de torneios amadores que também distribuem premiação em dinheiro. Em alguns casos, os prêmios podem ser até maiores do que os oferecidos em torneios ITF, o que acaba atraindo jogadores de nível técnico elevado. Portanto, participar desses eventos é uma excelente oportunidade não só de ganhar dinheiro, mas, principalmente, de desenvolver seu jogo ao competir contra alguns dos melhores beach tenistas do Brasil.
Torneios no Brasil em 2014São Paulo: 7 torneios – Pan (1), G1 (2), G2 (1), G3 (1), G4 (2) |