Tem horas em que a melhor alternativa para devolver o saque é simplificar e apenas bloquear o serviço adversário
Por Arnaldo Grizzo em 29 de Agosto de 2014 às 00:00
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1. Em uma quadra rápida, é essencial ter agilidade e bons reflexos. Veja que Tsonga já fez o split-step (salto seguido de parada de pernas), essencial para devolver bem um saque, e está se preparando para interceptar a bola. | 2. Para executar um bom bloqueio, você deve vir em direção à bola, e não ficar esperando por ela. Por isso, o jogador francês está vindo para a frente e vai dar um passo para golpear a bola na diagonal. | 3. Repare que a preparação é curta. Na primeira imagem, ele está com a raquete na frente do corpo e aqui, pouco antes de interceptar a bola, ela está na direção do ombro, sem ir para trás como num forehand convencional |
A velocidade no tênis é cada vez maior apesar de todos os esforços para que as superfícies fiquem mais lentas e, com isso, haja mais trocas de bola durante os pontos. Sendo assim, ter o saque na mão é essencial para imprimir o ritmo do ponto e saber “se defender” na recepção para anular essa arma, também. Diante de grandes sacadores, há momentos em que não é possível fazer movimentos completos na hora de responder um serviço e uma boa alternativa é “apelar” para um bloqueio. Mas bloquear um saque não precisa ser só na hora do aperto. Pode ser uma opção tática para diminuir o tempo de reação do oponente, usando a força dele para a bola voltar, ou mesmo para tentar diminuir os seus próprios erros de devolução, colocando mais bolas na quadra, fazendo com que o adversário jogue o ponto. Então, vamos ver e aprender como Jo-Wilfried Tsonga faz um bloqueio eficiente na devolução.
Use a força do adversário, venha para a frente e intercepte a bola na diagonal
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4. Como um goleiro de futebol na hora pênalti, ele “se joga” em direção à bola, pegando-a na frente do corpo, com um movimento muito rápido da cabeça da raquete, para aproveitar a força do adversário. |
5. Veja como, no split-step, ele está cerca de um metro atrás da linha de base e, ao interceptar a bola, já está sobre ela. Tsonga ainda dá uma pequena “triscada” na bola, para que ela pegue algum efeito ao ir para o outro lado da quadra. | 6. Por ter vindo em diagonal para interceptar um saque aberto com um bloqueio, ele perde menos terreno do que se tivesse esperado atrás da linha de fundo e agora consegue recuperar a quadra mais facilmente. |