Federer chora em entrevista ao falar de ex-técnico falecido

Foto: Reprodução/CNN

O suíço Roger Federer revelou um dos capítulos mais difíceis de sua vida nesta segunda-feira. Em entrevista exclusiva para a repórter Christina Macfarlane, da CNN, o número #3 do mundo se emocionou ao contar a história de sua relação com seu ex-técnico, o australiano Peter Carter. Importante figura no desenvolvimento do tenista, Peter faleceu em um acidente de carro em 2002, quando tinha apenas 37 anos. Na época, ele estava no meio de sua lua de mel, na África do Sul.

"Me desculpe," disse Federer. "Oh, cara, eu ainda sinto muito a falta dele. Acho que ele ficasse orgulhoso", respondeu o esportista de 37 anos ao ser perguntado de como Carter ficaria ao vê-lo chegar a impressionante marca de 20 títulos de Grand Slam.

"Ele não queria que eu fosse um talento desperdiçado. Foi como um alerta para mim quando ele faleceu e eu realmente comecei a treinar duro", prosseguiu Roger ainda aos prantos. "Eu acho que o que eu gostaria de dizer é que eu tenho sido incrivelmente sortudo por ter tido as pessoas certas na hora certa, os treinadores certos na hora certa. Claro, você poderia argumentar que tomei essas decisões, mas também tive sorte ao longo do caminho", comentou o natural da Basileia.

O papel de Peter Carter na carreira de Federer é grande e se reflete até os dias de hoje. "Peter foi realmente uma pessoa muito importante na minha vida, porque acho que se posso dizer agradecer alguém pela minha técnica hoje, é para Peter".

Segundo a imprensa australiana, Federer mantém uma tradição em respeito ao legado de Carter. Desde 2005, em todos os anos ele convida os pais de Carter, que moram na cidade de Adelaide, para assisti-lo no Australian Open, pagando todas as suas despesas.

 Veja o trecho da entrevista: