Editorial - Edição 135
Da redação em 12 de Dezembro de 2014 às 00:00
É gratificante chegar ao final de uma temporada como esta e ver o quanto o tênis brasileiro conquistou. Pelo segundo ano seguido, as parcerias de Bruno Soares e Marcelo Melo ficaram entre as oito melhores duplas do mundo. Soares foi bicampeão de mistas no US Open. Melo esteve a poucos pontos de vencer o ATP Finals. Mas não foi só nas duplas que nos demos bem.
Por mais que aleguem os desfalques do time adversário, a verdade é que Thomaz Bellucci teve atuações espetaculares contra a Espanha no Play-off da Copa Davis e, em 2015, estaremos de volta ao Grupo Mundial. E pode até parecer pouco, mas terminamos o ano com dois top 100, algo que não ocorria desde 2011. No entanto, os fatos que mais alegraram as pessoas que realmente acompanham o tênis no Brasil foram as conquistas dos juvenis.
Com apenas 16 anos, o gaúcho Orlando Luz alcançou o segundo lugar no ranking da ITF graças a excelentes campanhas durante o ano todo. Ele venceu o Banana Bowl e a Copa Gerdau, foi semifinalista em Roland Garros e, ao lado de Marcelo Zormann, ganhou o título de duplas em Wimbledon e nos Jogos Olímpicos da Juventude – feitos que nenhum outro juvenil brasileiro tinha conseguido até hoje, nem mesmo Guga. Alguns podem dizer: “Ok, mas isso não é garantia de nada”. Realmente, não é, mas dá esperança e motivação para quem vem trabalhando.
E foi por tanta coisa boa ter acontecido em 2014 que o Prêmio TÊNIS se tornou tão especial. Houve tantos destaques que, em certas categorias, era realmente difícil escolher um nome sem cometer alguma “injustiça”. Neste ano, foram 12 votantes ao todo (11 especialistas, mais o vencedor da enquete na internet) e, como em toda eleição, a voz da maioria foi ouvida – por mais que possa haver controvérsias e que desdenhem dizendo que “é tudo política”.
Mas perceber que há debate quanto aos melhores de cada categoria acaba por ser gratificante, pois mostra que há muito mais pessoas do que apenas as 18 premiadas nesta edição, que estão fazendo um excelente trabalho em prol do tênis nacional e levando a bandeira brasileira aos lugares mais altos dos pódios mundiais. Dessa forma, tomara que haja ainda mais discussão para elegermos os melhores em 2015.
Bom jogo!
Arnaldo Grizzo e Christian Burgos