Em entrevista ao Marca, suíço se impressiona com a fase de Djokovic, enaltece Nadal e se diz melhor do que nunca fisicamente
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Em Wimbledon, Federer sonha em conquistar a medalha de ouro
olímpica nas simples |
Desde que assumiu a liderança do
ranking da ATP no início de 2004,
Roger
Federer mostrava aos fãs do tênis o surgimento de uma
das maiores hegemonias do esporte em todos os tempos. Praticamente quatro anos
no topo, 16
Grand Slams
no currículo... Mas, nem assim o suíço para de experimentar novas
sensações.
Em entrevista ao diário
espanhol Marca, o jogador
natural da Basileia revelou seus pensamentos em relação ao tênis na atualidade,
discutiu sobre o seu desempenho na temporada e até parou para falar sobre a
inusitada situação de trocar fraldas em seu dia-a-dia por conta das duas
filhinhas que tem com a esposa Miroslava
Federer.
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Nos últimos anos, Nadal e Djokovic foram os jogadores que
dividiram a hegemonia do tênis junto com suíço |
Para
começo de assunto, os resultados do tenista foram o foco principal. Em 2011, o
número três do mundo só perdeu quatro partidas, sendo duas para o imbatível
Novak Djokovic e uma para
Rafael
Nadal. "Não acho que os meus resultados estejam
sendo ruins. Desde
Wimbledon,
eu só perdi antes das semifinais em Mônaco - meu primeiro torneio no saibro.
Fazia tempo que eu não me sentia tão bem fisicamente. Os problemas nas costas
que incomodavam meu serviço desapareceram", relatou
Federer.
Em seguida, o ex-líder do
ranking afirmou que não tira do pensamento os Jogos Olímpicos de
Londres, que serão realizados na grama sagrada de
Wimbledon.
Além disso, Federer
aproveitou para explicar por que tem mais dificuldades no saibro de
Roland Garros. "O Grand Slam mais difícil é Roland Garros, mas não porque é
na terra, mas porque tem Rafael
Nadal", explicou.
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Suíço conquistou uma vez Roland Garros, mas sempre tem Nadal
como "pedra no sapato" |
Para o suíço, além do excelente
desempenho de
Nadal e
Djokovic em 2011, o tênis
de hoje está equilibrado pela qualidade do top5 do ranking. "Diria que os cinco
primeiros jogadores do ranking que dominam. É injusto esquecer que Murray venceu
em Toronto e Xangai no ano passado e foi vice-campeão no Aberto da Austrália e
que Soderling fez duas finais seguidas em Roland Garros".
Quanto ao
impressionante início de ano de Novak Djokovic, com 27 vitórias consecutivas,
Federer contou que, em janeiro, não teria apostado na hegemonia do sérvio.
"O normal seria que ele tivesse perdido alguma das partidas que jogou contra
mim, alguma contra o Rafa e uma zebra que não se esperava. Eu acho que, em
Indian Wells, tive as minhas chances de vencer. É admirável que ele não tenha
decaído desde que perdeu a final do US Open para o Rafa."
"Quando não se
para de ganhar, você fica tão confiante que acha que não pode mais perder. A
vida é mais fácil e eu sei por experiência própria. Se tenta estender por mais
tempo quanto possível, mas sabendo que um dia chegará ao fim", acrescentou
Federer.
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Há dois anos, Federer e sua esposa, Miroslava, tiveram que se
adaptar à nova rotina de pais de duas gêmeas |
Quanto à
nova experiência em sua vida, a de cuidar de suas filhas, o atleta de 29 anos
não esconde que foi obrigado a se acostumar com a ideia de trocar fraldas. Há
dois anos, a mulher de Federer teve as gêmeas Myla Rose e Charlene
Riva.
"Eu não gosto de falar sobre mudanças. Gosto de me adaptar a elas.
Gosto de viajar com elas. A Mirka (esposa) sempre faz um ótimo trabalho. A babá,
meus pais e sogros também nos ajudam. Quando elas me veem na quadra ou em
anúncios, elas gritam ''papai''. Gosto de desenhar com elas e brincar de
identificar animais, frutas... Não acho que muito tempo na frente da televisão
faça bem", concluiu o papai Federer.
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