As frágeis raquetes infantis do passado ganharam um upgrade
Bill Gray em 15 de Junho de 2010 às 07:47
SE VOCÊ começou a jogar tênis quando criança - no fim da década de 1970 até 1990- com uma daquelas raquetes de alumínio, sabia quando chegava a hora de mudar para o modelo adulto. Era quando você batia o slice de backhand e olhava para o cabo da raquete solto, balançando na sua mão, preso ainda apenas pela adesão do grip. Aquelas raquetes juniores superleves ajudaram muitas gerações a ingressarem no tênis. O tamanho menor deixava a mão das crianças mais próximas da área de contato da batida e o peso leve lhes proporcionava uma manuseio a "Peter Pan", o que facilitava muito na rede e no swing de fundo de quadra. Mas aquelas raquetes não tinham muita potência, controle ou conforto - a sensação de pancada no braço e na mão eram equivalentes a rebater uma bola de beisebol. E quando os juvenis desenvolviam mais força, suas raquetes quebravam devido à força de seus golpes.
TUDO MUDO
Hoje as crianças não sabem o quão bom é o que lhes é oferecido, graças à revolução das raquetes para iniciantes nesta década. A raquete júnior ainda pesa menos do que a normal e tem um equilíbrio mais voltado para a cabeça, para ganhar potência. Porém, as marcas agora as produzem com grafite e as proveem com a mesma potência, controle, estabilidade e conforto que as top do mercado para adultos. Estas tecnologias de conforto incluem a Aerogel da Dunlop, a Microgel e Youtek da Head e a Cortex da Babolat, por exemplo. "Elas dão a oportunidade para as crianças sentirem, desde o início, como é jogar com uma raquete de adulto. Elas lhes proporcionam sucesso mais cedo e pavimentam o caminho delas para raquetes de adultos", diz Bruce Levine, consultor de equipamentos da revista TENNIS.
A ideia de as crianças conseguirem jogar mais cedo tem mantido o interesse dos juvenis norte-americanos no esporte. A faixa etária entre 12 e 17 é atualmente o maior segmento do tênis no mercado dos Estados Unidos - cerca de 6 milhões dos mais de 30 milhões de jogadores atuais. A participação de tenistas de 6 a 11 anos aumentou para 4,9 milhões de acordo com a Associação da Indústria de Tênis norte-americana.
As raquetes juvenis vêm com um tamanho de grip de 4 polegadas, um quarto menor do que a média dos modelos femininos. E mesmo a engenharia hightec não custa tanto quanto em modelos adultos, sendo menos que US$ 125 nos Estados Unidos (e por volta de R$ 300 no Brasil).
QUANDO MUDAR PARA RAQUETE DE ADULTO?
A grande questão é: "Quando uma criança deve mudar para uma raquete de adulto?" Levine diz que a melhor maneira de determinar isso é colocar um modelo adulto nas mãos da criança e observar. "Se ela estiver batendo atrasado ou gerando pouca potência na bola, isso significa que ainda não é a hora", afirma. E se as raquetes top juvenis ainda forem muito incômodas, as marcas oferecem modelos de alumínio em tamanhos ainda menores, que servem para os primeiros níveis. Faça com que seu filho jogue com aros largos e bolas de baixa pressão (ou de espuma), até que ele tenha força para mudar para uma raquete júnior mais avançada. Com todas essas opções, é uma boa hora para ser uma criança do tênis.
From Tennis Magazine. Copyright 2010 by Miller Sports Group LLC.
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