Bater o revés com uma mão como Federer, ou com duas, como Nadal? Qual a melhor maneira? Entenda as diferenças e encontre o jeito que melhor se adapta ao seu estilo de jogo
Cesar Kist - Dep. De Capacitação Cbt em 1 de Abril de 2008 às 14:15
Mais recentemente, o quadro também não mudou muito e Pete Sampras e Steffi Graf, ex-números um, batiam o backhand com uma mão. Porém, havia Andre Agassi, Marcelo Ríos, Arantxa Sanchez, Monica Seles, que golpeavam o revés com duas mãos. Também não podemos deixar de ressaltar a excelente esquerda de Guga.
Atualmente temos Roger Federer e Justine Henin no topo do ranking e eles utilizam o backhand com uma mão. Porém, há muitos jogadores bem ranqueados que usam as duas mãos, como Rafael Nadal, Novak Djokovic, David Nalbadian, Marat Safin, Jelena Jankovic, Nadia Petrova, entre outros. Através destes exemplos, podemos concluir que ambos os tipos de backhand são eficientes em nível competitivo e estão sendo utilizados pelos profissionais.
No tênis competitivo moderno, a potência que o backhand com duas mãos gera é um fator muito importante que devemos considerar. Contudo, no nível social, se por um lado o revés com duas mãos possibilita mais potência no golpe, por outro, exige um melhor posicionamento para bater na bola, além da necessidade de se utilizar a rotação de quadris, o que, na maioria dos casos, é bastante difícil para o tenista iniciante.
Vejamos as vantagens de cada tipo de backhand:
BACKHAND COM UMA MÃO
Uso do slice
Estilo de jogo completo (all around)
Execução do approach
Deixada
Bloqueio da devolução de saque
Maior alcance
Variações de efeitos
BACKHAND COM DUAS MÃOS
Potência
Efeito top spin (angulações, passadas e lob)
Esconder o golpe (passadas e lob)
Controle
Força para bater bolas altas
Devolução de saque
Bolas de ataque
Lesão (menos incidência de tennis elbow)
CONCLUSÃO
Enquanto estudos recentes apontam o backhand com duas
mãos levando certa vantagem sobre o revés com uma mão,
os professores, treinadores e técnicos de tênis devem continuar
trabalhando com o objetivo de encontrar o golpe que
se adapte individualmente a cada um de seus jogadores.
Como as características físicas, habilidades de coordenação
e estilo de jogo variam muito de pessoa para pessoa, sugiro
que cada profissional, ao invés de ensinar o seu backhand
"preferido", comprometa-se a ajudar cada aluno no desenvolvimento
de seu "próprio" backhand.