Arbitragem educativa

Uma cartilha de orientações básicas sobre arbitragem educativa, que pode dar as bases para que os jovens se interessem pelo tênis

Por Suzana Silva em 1 de Fevereiro de 2014 às 00:00

QUAL A DIFERENÇA DA PRÁTICA DO tênis dentro da escola com a prática do tênis em academias e clubes? O princípio educativo e inclusivo, acima de tudo. Queremos que todas as crianças brinquem de tênis, conheçam o jogo, conheçam-se durante o jogo.

Então, o desafio já começa aí: a criança que joga em clubes ou academias escolhe a modalidade. Na escola, a modalidade pode ser escolhida para ela, ou seja, pode fazer parte do currículo. Assim, o aluno terá de participar como participa das aulas de português ou matemática e, tornar a matéria interessante, instigando a curiosidade e a vontade de aprender, é a função principal do professor.

Imagine fazer isso com classes grandes? A tarefa não é fácil. Além de aulas com tarefas cooperativas e com desafios progressivos, bem planejadas, os professores precisam desenhar bem os jogos e disputas que farão parte da programação anual, com arbitragem educativa.

A arbitragem educativa é parte fundamental para o sucesso do programa, pois muitas crianças desistem precocemente da vida saudável ao ar livre devido a experiências esportivas frustrantes dentro da escola – em qualquer modalidade. Os professores de Educação Física conhecem bem essa realidade.

A arbitragem educativa envolve:

Assim, sendo damos aqui uma orientação básica sobre a condução da arbitragem educativa.

Cartilha de arbitragem educativa

A arbitragem educativa tem como objetivos:

1. Estimular a criança a praticar esportes e a ter uma vida saudável;
2. Explicar o funcionamento básico do jogo de tênis;
3. Explicar as regras adaptadas para a competição em curso;
4. Promover o jogo seguro entre as crianças e o fair-play;
5. Educar os pais para o jogo de tênis, como praticantes e como observadores;
6. Promover jogos equilibrados entre as crianças.
7. Promover rodízios entre as crianças;
8. Dar motivos para que as crianças voltem mais vezes.

COMO FAZER

1. As competições precisam ser planejadas adequadamente ao nível de habilidade das crianças para que todas consigam jogar e se divertir. Para crianças pequenas, os festivais são mais recomendados. Para jogos em quadras vermelhas, as crianças precisam, pelo menos, conseguir trocar bolas.

2. Regras mínimas que as crianças devem saber:

3. Regras adaptadas são necessárias para que o jogo aconteça e, normalmente, referem-se à incapacidade de a criança iniciar o ponto, a saber:

Pode acontecer também de a arbitragem precisar adequar as competições para crianças maiores de 10 anos para quadras laranja (com bola laranja), ou usar bolas verdes, apesar de as bolas serem recomendadas pela ITF apenas para os jogos até 10 anos. As decisões deste tipo serão tomadas para cada disputa pela arbitragem juntamente com os professores, pois o importante é que haja a troca de bolas.

4. A segurança é muito importante. É preciso que os organizadores se certifiquem da existência de recuos laterais e atrás das quadras para as crianças jogarem com espaço suficiente. Deixar poucas bolas disponíveis por quadra também ajuda (uma bola vermelha, duas laranja, três verdes, no máximo) para que não se tropece nelas.

Para o fair-play:

5. Para educar os pais, o ideal é entregar-lhes uma “cartilha de pais de tenistas” – com dicas comportamentais para estimular autonomia, concentração, autoestima e fair-play entre as crianças. É recomendável também que o árbitro geral faça uma breve explanação do que irá acontecer, pedindo a colaboração dos pais para não interferirem durante os jogos (tanto em relação a seus filhos quanto à arbitragem).

6. Para promover jogos equilibrados entre as crianças é fundamental que os organizadores planejem bem as atividades, categorias e times. Se a regra diz que “as crianças devem saber trocar bolas”, não pode aceitar inscrições de crianças que não cumprem esse requisito. Outro aspecto importante do regulamento geral é definir a data de encerramento de inscrições, e cumpri-la. A antecedência é imprescindível para que os árbitros/educadores montem seus times e organizem as chaves.

7. Promover os rodízios entre as crianças envolve:

8. O sucesso da atividade depende também:

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