A bola é sua
Da redação em 24 de Setembro de 2012 às 14:10
Sempre achei o jogo do Murray um pouco acanhado. Sempre achei que ele jogava muito defensivamente, aliás, até hoje acho. Tem horas em que parece que ele tem medo de arriscar e fica lá tentando só passar a bola para o outro lado com slices, balões e todo tipo de golpe estranho. Mesmo quando tem o domínio do ponto, ele é conservador. É o típico inglês (apesar de ser escocês!). Tem momentos em que dá raiva. Na final do US Open, quando ele tinha pleno domínio do jogo, pois Djokovic estava completamente perdido devido ao vento, era a hora de ter atacado, de ter enterrado o sérvio, de ter arriscado mais. Mas, não, ele deu dois passos atrás, ficou acuado com alguns golpes que o Djoko acertou e foi aquele "Deus nos acuda". No fim, teve um pouco de cabeça fria e sorte. Porém, se Djokovic tivesse mantido o ritmo e não estivesse ventando tanto, acho que dificilmente Murray venceria seu primeiro Grand Slam. Por sinal, um dia antes da decisão vi uma reportagem em que o Ivan Lendl, um dos meus maiores ídolos de infância, falava que o Murray já tinha seu Grand Slam - que havia sido ganhar as Olimpíadas. Concordo em partes, assim como tenho certeza de que ele também concordava em partes com essa afirmação. Olimpíada é Olimpíada, Slam é Slam. Não misturemos as bolas. Mas, en m o jovem deixou de ser um "amarelão" e espero que esse título faça com que ele seja um pouco menos medroso. Se conseguir, poderá vencer Djokovic e Nadal muito mais vezes e ganhar mais alguns Slams. Aliás, ele é o grande favorito para Wimbledon em 2013 na minha opinião. Vamos ver.
Lauro Paixão
Até quando os norte-americanos vão ficar se achando os "reis da cocada preta" e vão insistir em não considerar a hipótese de colocar um teto em uma das quadras principais do US Open? É lamentável que pelo quinto ano seguido o torneio se estenda pela segunda- feira. É uma afronta ao público, que, no m das contas, é quem paga essa brincadeira toda. Neste ano, acho que a afronta foi maior ainda, pois eles já sabiam da previsão de tempo para o sábado - que dizia que teria chuvas fortes no m da tarde - e não quiseram adiantar um dos jogos. Tudo bem que seria injusto também com o público passar um dos jogos do famoso Super Saturday para o estádio Louis Armstrong, porém, teria sido a coisa certa a fazer. Se isso tivesse sido feito, Ferrer certamente teria vencido Djokovic, pois Nole simplesmente não sabia o que estava fazendo naquela ventania toda. Problema dele, pois o vento é para todos e a capacidade de se adaptar a todas as situações adversas, sejam elas vindas do oponente ou do clima, é um dom cada vez mais restrito. Federer deve ter se ressentido de não ter jogado com aquele vento todo contra Berdych, pois o tcheco é outro que simplesmente não tem a manha em casos como esse. De qualquer forma, está mais do que na hora de a USTA rever seus conceitos e pagar por um projeto de teto lá.
Caio Matos
Fui à Nova York para a primeira semana do US Open e fiquei um pouco perdido na hora de procurar material de tênis. Fui às lojas da Sports Authority, mas não achei muita coisa. Achei bastante limitada a oferta, considerando que era época do maior evento de tênis que eles têm por lá. Andei por outras lojas, mas também não dei muita sorte. Poderiam indicar alguma para que eu vá da próxima vez?
Murilo Bastos
Murilo, você tentou a Mason's Tennis (www.masonstennis.com)? Ela fica na 53rd Street, entre as avenidas Park e Madison, no número 56. É uma loja pequena, mas com grande variedade de produtos. E caso você não encontre algo lá, basta pedir que eles providenciam em até 48 horas. Além disso, eles têm atendimento em português - especialmente durante o US Open. Da próxima vez, vale a pena dar uma passada por lá.
Não tem sido fácil assistir aos jogos de tênis na televisão ultimamente. Desculpe, mas há poucos comentarias bons e menos ainda narradores que sabem a hora de falar e de ficar quieto. Uma das poucas "duplas" que acho que ainda funciona é o Eusébio Resende e o Dácio Campos na Sportv. O Dácio, contudo, ainda fala demais e usa uns jargões um pouco piegas. Mas o Eusébio sabe se portar e não fica dando palpite bobo. Quando não é ele narrando, é uma lástima, pois tem alguns narradores que têm a audácia de comentar sendo que mal sabem o que está se passando em quadra e quem são os jogadores. Na ESPN, a mesma coisa. Gostava do Paulo Cleto, mas tinha horas, especialmente nas transmissões de madrugada do Australian Open, que ele dava uma viajada. Mas, tudo bem, quase não havia ninguém assistindo mesmo. Agora, o Meligeni tem se portado bem e também é um cara que sabe o que se passa. Ainda falta saber a hora de falar e a hora de ficar quieto. O Bandsports tenho assistido bem pouco, pois eles transmitem torneios menores, mas o nível das transmissões também não é das melhores. Sempre que tentei ver algo, fiquei cansado. Não sei se pelo fraco desempenho dos atletas ou pelos comentaristas e narradores. Uma das coisas boas do canal é que eles têm um programa de tênis de verdade.
Gilberto Russo
Demorou uma eternidade para os organizadores anunciaram as datas definitivas da exibição do Federer no Brasil e mais um bom tanto para soltarem os ingressos. Aí, quando soltam, colocam em um preço completamente fora do esquadro. É o Brasil mesmo. R$ 350 pelos ingressos mais baratos da primeira leva nas cadeiras superiores. Sinceramente, um pouco exagerado. Fico imaginando se já não foram vendidos todos os ingressos de cadeira inferior para os patrocinadores. Novamente, um evento para poucos. Podia ser como no Brasil Open, com ingressos bem mais em conta e casa lotada.
Patrícia Sales