Por pouco...

Por físico, Federer revela que cogitou abandonar Roma antes da estreia

Nesta quarta, suíço bateu argentino Carlos Berlocq e avançou às oitavas de final na Itália; em coletiva, tenista voltou a minimizar questão do ranking


Após estrear com pé direito no Masters 1000 de Roma, nesta quarta-feira, o suíço Roger Federer confessou que está exausto com a maratona desde o título em Madri na semana passada. O número 2 do mundo ficou aliviado por vencer o argentino Carlos Berlocq em sets diretos, mas admitiu que esteve próximo de abandonar o torneio antes do jogo de hoje.

© Antonio Costantini
Federer vinha embalado do título de Madri e manteve bom ritmo na estreia de Roma
"Eu hesitei até esta manhã após o treino", revelou Federer. "Eu só queria ver como me sentia em quadra. Só queria ver como me sentiria e se haveria algo maior. Se este fosse o último torneio do ano não teria problema, mas ainda temos um verão inteiro [na Europa] pela frente. Esse é o começo de vários torneios seguidos com vários jogos em melhor de 5 sets e é importante tomar decisões certas", adicionou.

Nesta semana, Federer reassumiu a vice-liderança do ranking da ATP após um ano fora do top 2, porém admite que não presta atenção ao sistema de rankings como prioridade. "Não sei inclusive com quantos pontos estou agora. quantos eu preciso defender e os outros tenistas. Parei de me preocupar há muito tempo, consome muita energia", contou o tenista de 30 anos, que está atualmente com 9.430 pontos, 1.870 de desvantagem para o líder Novak Djokovic.

"Eu não me importo. Vamos ver como as coisas acontecem. Eu posso voltar a ser número 3 na próxima semana, mas isso não é relevante para mim ou o Rafa", completou Federer, que encara na fase de oitavas de final o espanhol Juan Carlos Ferrero.

O dono de 16 Grand Slams aproveitou também para comentar na coletiva de imprensa pós-jogo que, hoje em dia, a adaptação aos diferentes tipos de piso é mais nítida do que há 10 anos, quando alguns jogadores eram destaques apenas em uma determinada superfície. No exemplo, sobrou até para lembrar de Guga.

"A gente tinha quadras muito rápidas e especialistas nelas, como Guga (Kuerten) e (Thomas) Muster. Quando eu entrei no circuito, sabia que cada um ganhava num piso. Mas hoje, as pessoas podem jogar em qualquer lugar", apontou Federer.

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Da redação

Publicado em 16 de Maio de 2012 às 14:04


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