Escolha sábia

Você sabe quando optar pela cruzada ou pela paralela?

Entenda qual é o golpe ideal em determinadas situações de jogo


Uma das perguntas mais comuns em relação aos golpes de fundo é: quando se deve bater paralelo ou cruzado? Esta ainda é uma questão vital para muitos jogadores. Uma coisa é certa: quanto melhor o jogador compreender as vantagens e desvantagens de bater paralelo ou cruzado nas diferentes situações de jogo, melhor será o seu resultado.

Para que isso aconteça, é necessário compreender alguns aspectos. Como regra geral, sabemos que a bola cruzada é um golpe que tem margem de segurança maior, ou seja, é menos arriscado que a paralela.

Quais as razões que comprovam isso (ver diagrama 1): 1. A quadra é maior (1,37 m mais comprida); 2. A rede é mais baixa (15,24 cm); 3. Você tem melhor posicionamento para a próxima bola; 4. Bater para a mesma direção é mais fácil do que trocar de direção.

Provavelmente, boa parte dos jogadores compreende as vantagens do golpe cruzado, porém ainda possuem certa dificuldade para escolher o momento certo de bater paralelo. Por ser uma bola de maior risco, esta decisão é fundamental, pois pode levar o tenista ao êxito ou a um erro não forçado.

 

A diagonal (cruzada) é 1,37m maior que a paralela. O centro da rede é 15,24cm mais baixo que as extremidades Aproveite a quadra aberta para bater na paralela. Mas, lembre-se: esteja bem equilibrado para executar o golpe Golpear na paralela após várias trocas de bola na cruzada pode ser um bom elemento surpresa


Quais as situações ideais para bater paralelo:

Explorar a paralela no golpe mais fraco do adversário. Por exemplo, um jogador destro que tem o backhand mais fraco: utilize o seu forehand paralelo no backhand do adversário e fique atento com a continuação da jogada. Isso possibilitará o controle do ponto ou até mesmo um erro por parte do oponente.

Paralela na quadra aberta (diagrama 2). Ao abrir a quadra com uma boa bola cruzada, o tenista terá a paralela aberta. neste caso, bata neste sentido, porém esteja seguro que você está bem equilibrado e posicionado para executar a jogada. Do contrário, não arrisque, vá para a cruzada novamente e espere por uma próxima oportunidade.

Quando o adversário optar pela paralela e voltar correndo para cobrir a quadra, surpreenda- o no contrapé

Elemento surpresa, ou seja, mudar a direção do golpe (diagrama 3). Esta jogada é muito importante para tirar o adversário de uma zona de conforto ou quando ele está levando vantagem nas trocas de bolas cruzadas (o oponente é mais regular, joga mais profundo, coloca mais a bola na quadra). A batida na paralela tem como objetivo principal surpreender o adversário, fazendo com que ele tenha dificuldade para chegar à bola.

Paralela no contrapé (diagrama 4). Ao ser jogado para fora da quadra, o adversário decide bater paralelo. Neste caso, ele sabe que deve cobrir a quadra aberta e se desloca rapidamente para o lado desprotegido. nesta hora, uma paralela no contrapé é uma boa opção. Esta jogada funciona muito bem contra oponentes que são muito rápidos para cobrir o espaço aberto da quadra.

Use as suas armas. Se você tem um excelente golpe paralelo para atacar o adversário, tem confiança, então, use-o. 

Se uma bola muito angulada do oponente tira você da quadra, uma opção é bater a paralela no "tudo ou nada"

Tudo ou nada (diagrama 5). Ao ser deslocado para fora da quadra e se encontrar em uma situação desesperadora, percebendo que, mesmo devolvendo cruzado não dará tempo para recuperar o posicionamento ideal, vá para a definição do ponto na paralela (no tudo ou nada).

Ao tomar conhecimento das diferentes possibilidades de uso do golpe cruzado e paralelo descritas acima, você estará apto a decidir qual é a melhor opção de jogada para cada situação. Cada uma destas jogadas pode ser treinada através de exercícios. Após uma boa quantidade de repetições, sugiro que sejam treinadas em situações de jogo.

Cesar Kist / Dep. de Capacitação da CBT

Publicado em 6 de Janeiro de 2016 às 10:46


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