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Teliana Pereira gosta de "piso lento" em Floripa e crê que precisa de sequência para chegar no top 100

Número 1 do Brasil já treinou na sede do Brasil Tennis Cup pela manhã e, em coletiva, disse que bom resultado em Bogotá só faz aumentar sua confiança


Cristiano Andujar/Fotoarena
Teliana disse que resultado em Bogotá foi especial, mas fruto de um trabalho diário
Mal disputou a semifinal do WTA de Bogotá contra a argentina Paula Ormaechea no último sábado, em que perdeu por duros 7/6(5) e 6/3, e Teliana Pereira já está em Florianópolis para mais uma semana competitiva no circuito WTA. A número 1 do Brasil, que vai ficar próxima do top 120 na próxima atualização do ranking da entidade, chegou à capital catarinense por volta de 9h30 e, cerca de uma hora depois, já foi para a quadra na Federação Catarinense de Tênis.

No local do Brasil Tennis Cup 2013, Teliana treinou por uma hora em uma das quadras secundárias com Beatriz Haddad Maia para iniciar o processo de adaptação à quadra dura, bem diferente do saibro colombiano. No entanto, a atleta de 24 anos se sentiu bem à vontade com as condições de Floripa (o calor superior a 30ºC e o fato de jogar ao nível do mar) e do piso "nem tão rápido".

Para Teliana, a mudança rápida de superfície não será um problema para a estreia na chave contra a alemã Tatjana Malek. "Estou preparada [para a estreia], cheguei hoje, dormimos no avião. Estou um pouco cansada, o que é normal. Mas já treinei hoje em uma hora com a Bia, me senti bem. A quadra está bem lenta, isso é muito bom para mim, que estou vindo de Bogotá, que é bem alto. Então, não há tanta diferença. Tenho certeza que amanha estarei 100% fisicamente", declarou a jogadora natural de Santana do Ipanema (AL) em coletiva de imprensa nesse domingo.

O resultado de Teliana em Bogotá foi o melhor de uma brasileira em 23 anos - Luciana Corsato foi semifinalista do Aberto de São Paulo/1990 - e esse fato, na opinião da própria tenista, é uma prova de que a sua filosofia diária de trabalho está certa. Ela acha que seu nível pode lhe garantir o tão sonhado posto no grupo das 100 melhores da WTA.

Cristiano Andujar/Fotoarena
Teliana já treinou sob o forte calor de Florianópolis e diz não ter problema de adaptação ao piso duro
"Na minha análise, estou no mesmo nível das 100 do mundo. Eu melhorei muito, ainda tenho que melhorar muito, o que é bom. Porque se você chega num nível e acha que não tem mais o que melhorar, é preocupante. É claro que jogar contra as tops, as 20, as 10, ainda tenho um longo caminho, porque se eu pegar uma Serena, uma Azarenka... ainda não dá", reconheceu a brasileira.

"Mas top 100, sim. Tanto que em Bogotá eu ganhei de meninas top 100 [Alize Cornet e Mandy Minella] e já vinha jogando bem há algum tempo. Não foi algo que fez de diferente, mas é que não estava jogando esse tipo de torneio, os grandes. A diferença é que estava jogando bem um ITF US$25.000, mas não ganhava uma partida de um WTA porque não tinha dado sequência a esses tipos de torneio", finalizou a explicação.

Além de Teliana, o Brasil conta com a presença de mais três representantes na chave principal do WTA de Florianópolis - Paula Gonçalves enfrenta a eslovaca Jana Cepelova, Maria Fernanda Alves joga contra a alemã Annika Beck e, finalmente, Bia Haddad enfrenta uma qualifier.

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Matheus Martins Fontes, Direto De Florianópolis

Publicado em 24 de Fevereiro de 2013 às 13:15


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