Djokovic lamenta suspensão de amigo e diz ter perdido a confiança no sistema antidoping

Londres (Reino Unido) – O sérvio Novak Djokovic estreou com vitória no ATP Finals de Londres ao bater o suíço Roger Federer na primeira partida do Grupo B. No entanto, na coletiva de imprensa nas dependências da O2 Arena, o número 2 do mundo saiu um pouco do assunto de dentro da quadra para falar sobre uma situação delicada de um amigo em particular.

O caso

Herói do país na conquista da Copa Davis em 2010, o também sérvio Viktor Troicki foi destaque nos últimos meses ao receber uma severa punição da Federação Internacional de Tênis (ITF) por não ter passado por um exame de sangue durante o Masters 1000 de Monte Carlo, em abril.

Por isso, Troicki, 77º do ranking, pegou uma suspensão de 18 meses e poderia retornar ao circuito somente em janeiro de 2015. Só que o próprio jogador entrou com um recurso, alegando que havia pedido permissão para ser dispensado do exame devido a um mal-estar. Ele ainda destacou à Corte Arbitral do Esporte (CAS) que a médica responsável havia o liberado do exame, mas o tribunal não aceitou a justificativa na ocasião.

Na última terça-feira, todavia, o CAS voltou atrás e anunciou a redução da pena de 18 para 12 meses. Assim, Troicki poderá jogar novamente em julho de 2014.

Repercussão

Ciente do caso do amigo, Djokovic reclamou bastante da Agência Mundial Antidoping (WADA), que cuida do assunto em parceria com a ITF, e disse que a ocorrência com Troicki fez com que não confiasse mais nos testes antidoping.

“Viktor é um grande amigo meu. Estou envolvido muito neste caso. Conversei com ele. Isso é muito ruim para quem vive perto dele, pois prova que o sistema da WADA não funciona. Nosso trabalho é jogar, conhecer e respeitar todas regras do nosso esporte. Mas quando você é chamado para dar amostras de urina e sangue, eles devem te dar indicações claras e explicar as consequências caso não faça o teste. A médica não fez isso. Por causa da negligência e falta de profissionalismo desta senhora, ele está fora do circuito por um ano. Isso me deixa nervoso para fazer qualquer teste. Perdi totalmente a confiança”, declarou o número 2 do mundo.