Mimese

A importância de praticar situações reais de jogo

Segundo a ITF, ensino por meio de confrontos deve prevalecer desde o primeiro treino


Já faz alguns anos que a ITF, através de muitos estudos, pesquisas e compilando metodologias bem-sucedidas aplicadas pelo mundo, mudou a forma de se introduzir o tênis para iniciantes adultos e crianças.

Prevalece hoje o ensino por meio do jogo desde a primeira aula, ou seja, em situação real de jogo, ao contrário do ensino de forma analítica como a grande maioria dos tenistas de meia idade aprendeu.

Sendo o tênis um esporte de habilidades abertas, dentro desse contexto, os treinamentos devem ser o mais próximos possível da realidade de jogo. Classificamos os drills em três situações: fechados, semiabertos e abertos. Segue abaixo a descrição de cada um:

  • Treinos fechados: quando o jogador não toma nenhuma decisão quanto à colocação e execução dos golpes, bem como a jogada a ser realizada. Já está pré-determinado pelo treinador o que será feito.

  • Treinos semi-abertos: quando o tenista efetua um ou mais golpes pré-determinados e uma vez que o primeiro objetivo é alcançado, pode decidir o que fará a seguir com a bola sem nenhuma restrição.

  • Treinos abertos: quando o aluno pode jogar o ponto livremente desde a primeira bola. Pode ser iniciado com um saque ou uma bola lançada pelo treinador ou outro jogador.

Um referencial imprescindível para os treinadores é sempre se questionarem sobre qual das três situações acima está sendo realizada durante o treinamento e se ela atende ao objetivo pré-estabelecido. O ideal é que o jogador sempre termine o exercício praticando o golpe ou jogada em situação aberta. Essa é a forma mais eficaz de agregar um golpe ou jogada ao arsenal de seu aluno.

Automatizar um tipo de batida através da repetição pode ser adotado como parte do processo de aprendizagem e aperfeiçoamento, mas não irá dar ao jogador a confiança necessária para aplicá-la em uma competição se ele não a tiver praticado em situação aberta. Portanto, estimulem seus alunos a "jogarem mais" e "baterem menos bola".

Cesar Kist e Eduardo Eche

Publicado em 16 de Agosto de 2016 às 10:30


Notícias