Ucraniano revela que atletas quase boicotaram o Australian Open e greve poderia acontecer em Roland Garros

Sergiy Stakhovsky afirmou que tenistas reclamaram de baixa quantia nos Majors e assunto volta à tona após "cutucada" de Nadal em Federer

Da redação em 16 de Janeiro de 2012 às 05:34

Ucraniano Stakhovsky disse que jogadores chegaram a quase boicotar o Australian Open às vésperas do início do evento
Mal havia começado o Australian Open e vários jogadores já cogitavam a possibilidade de abdicar do primeiro Grand Slam do ano. No último domingo, alguns dos atletas chegaram a bolar uma proposta para boicotar o torneio ao argumentarem que queriam receber uma quantia maior do que a atual, revelou o ucraniano Sergiy Stakhovsky, número 65 do mundo, à agência Reuters.

"Alguns dos jogadores sugeriram que não jogássemos aqui. Eles conseguiram muitos votos, mas não era certo porque estamos aqui, e o Australian Open não teria chance de fazer nada. Eram votos mais do que suficientes (para colocar o boicote em prática)", disse.

A justificativa seria que os valores passados aos jogadores são muito pequenos em relação ao lucro de eventos deste porte. Stakhovsky disse que a maioria dos melhores jogadores concordou com os tenistas de ranking mais baixo.


"Mais de 80% dos jogadores top estão na mesma página em que o resto dos tenistas, dizendo que os Grand Slams não estão pagando o suficiente e que alguns eventos obrigatórios da ATP não dividem devidamente o prêmio em dinheiro. É realmente muito legal deles pensarem nos outros jogadores", completou Stakhovsky.


A revelação do ucraniano faz alusão aos comentários de Rafael Nadal, no domingo, ao criticar a postura de Roger Federer, presidente do Conselho dos Jogadores, em não querer aceitar mudanças no calendário da ATP.

Nadal mostrou que tem posições contra Federer em relação à premiação nos Grand Slams aos jogadores
"Meu problema é que Indian Wells e Miami são eventos obrigatórios e se eu perco na primeira rodada, fico no prejuízo. Não ganho dinheiro nesses torneios. São quatro semanas nos Estados Unidos, passagens aéreas e hoteis. Se você perde na estreia, não consegue pagar seu técnico", reclamou o ucraniano, que ainda acredita que a situação mudará.


"Você não pode levantar e dizer que não vai jogar. É preciso ter uma estratégia, conversar com os Grand Slams. Temos que dizer o que queremos, o que sentimos que é justo para a ATP e para os Grand Slams. Nunca se sabe, mas acredito que vamos conseguir mudar as coisas. Não estou dizendo que uma greve não seja possível".

No US Open do ano passado, alguns jogadores como Andy Murray e Andy Roddick  discutiram a respeito da baixa premiação dos Grand Slams para distribuir aos tenistas. Com a pauta levantada e ganhando mais repercussão neste início de 2012, uma possível ação poderia acontecer em Roland Garros, segundo informam fontes ao diário inglês Daily Mail e o australiano Herald Sun.

Confira mais notícias sobre o mundo do tênis...

Del Potro aproveita folga e toma coragem para conhecer a Torre de Sydney

Federação Americana cobra Rússia em US$75 mil por naturalização de Bogomolov Jr

ATP de Barcelona entra na onda de "inovações espanholas" e terá bolinhas azuis em 2012

González volta a descartar aposentadoria, mas ainda é dúvida para o Aberto da Austrália

Com direito a gorro de Natal, Roddick sobe ao palco e mostra talento no hip hop

Nas graças do povo argentino, Monfils explica segredo da sua irreverência: ''Dou alegria às pessoas''

Algoz do Brasil na Copa Davis, Youzhny se forma com Doutorado em Filosofia em Moscou

ESPECIAL:Australian Open - Apesar de ser um Grand Slam, o Australian Open, pela sua distância e fuso horário, sempre ficou um pouco em segundo plano. Mas, em 2010, a Revista TÊNIS esteve lá pela primeira vez e conta como é o tênis na terra dos cangurus, ou coalas, se preferir   (Confira!)

Notícias

Mais Notícias