Navratilova apoia Murray e aumenta onda de protestos contra a ATP

Ex-tenista comprou briga de britânico e Cia, que reclamaram de calendário longo no tênis e ameaçam a fazer greve no circuito

Da redação em 22 de Setembro de 2011 às 12:56

Murray lidera reclamações dos jogadores contra a ATP por conta de longo e exaustivo calendário
A maior jogadora de todos os tempos, Martina Navratilova, parece ter comprado a briga de Andy Murray e Cia a respeito do excesso de jogos do calendário da ATP. Em entrevista à emissora britânica BBC, a ex-tenista tcheca naturalizada americana apoiou uma possível greve dos atletas visando mudanças da entidade.

"Você não pode manter este nível de intensidade sem passar por um hospital eventualmente", criticou Navratilova. "Não entendo por que Murray deve ser criticado por tomar conta de sua vida. Se [a greve] é o único meio de se chegar a esse ponto, então é isso que ele eles devem fazer caso consigam se unir o suficiente", apoiou.

Segundo Navratilova, nove vezes campeã de simples em Wimbledon, a exigência de um calendário mais curto já vem de longa data. "É claro que todo tenista quer jogar. É para isso que treinamos. Mas, há 25 anos, eu reclamava do calendário longo, dizendo que deveria ser encurtado. Nós o reduzimos do lado feminino e agora as mulheres jogam em torno de um mês a menos que os homens", lembrou. 

Navratilova apoiou decisão de Murray e lembrou que no seu tempo já reclamava-se de muitos torneios na temporada
Para a ex-líder do tênis nas décadas de 70 e 80, o pouco tempo de descanso para os principais nomes da atualidade acarreta em um inevitável esgotamento físico para quem joga competições de alto nível em larga escala. "Mas agora, especialmente com os principais tenistas disputando a Copa Davis, para um Nadal, um Federer, um Djokovic, a temporada é insustentável. Nós estamos falando de longevidade", argumentou Navratilova.

A reclamação por parte dos atletas ficou mais evidente durante a disputa do US Open, quando o torneio teve seu desfecho apenas na segunda-feira. Nadal foi um dos mais revoltados com a situação já que, quatro dias depois, estava defendendo sua nação na semifinal da Copa Davis.

E MAIS: Murray segue exemplo de Nadal e cogita greve por mudanças no calendário

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