Gigante de 2,06m somou 6ª derrota seguida em parciais decisivas e admitiu estar sem confiança; Jim Courier apontou jogos como parte do processo
Da Redação, Em São Paulo em 4 de Fevereiro de 2013 às 14:24
Depois de admitir que seu recorde em jogos de cinco sets é preocupante (quatro vitórias e 10 derrotas), o norte-americano John Isner tentou explicar qual o motivo que mais pesou na derrota para Thomaz Bellucci no quarto jogo da série contra o Brasil pela Copa Davis, em que os EUA levaram a melhor por 3 a 2, com triunfo de Sam Querrey sobre Thiago Alves.
John Isner tem mau retrospecto em cinco sets e, diante do Brasil, perdeu para Bellucci também na parcial decisiva |
"Não acho que seja um problema de jogo. Estou começando a melhorar após o tempo que fiquei fora [devido a uma lesão no joelho]. Minha confiança vem e vai muito rápido. Na maior parte, me considero um jogador muito forte mentalmente. Mas eu não fui capaz de fazer as jogadas certas nos pontos decisivos", analisou Isner.
Mesmo que tenha vencido jogos significativos quando foi para o quinto set, incluindo partidas contra o compatriota Andy Roddick no US Open de 2009, contra o francês Nicolas Mahut em Wimbledon/2010 - a mais longa da história do tênis, com 11h05 de jogo -, e diante do argentino David Nalbandian no Australian Open de 2012, Isner admitiu que, quando se vê obrigado a disputar um quinto set, pensa no seu fraco retrospecto.
"Tenho que me superar nos momentos-chave, seja Copa Davis, seja em um Grand Slam. É algo que não tenho feito. Parece que tenho um gorila nas minhas costas ou algo do tipo. Para ser honesto, está me custando na parte mental. É muito decepcionante e é algo que preciso melhorar", concluiu Isner, que classificou a torcida brasileira nas arquibancadas de "rude" pelo barulho ao longo de todos os dias da série.
Logo depois, João Zwetsch, técnico e capitão do Brasil na Davis, criticou a posição do americano. "Eu realmente não consigo ver qualquer coisa que tenha influenciado no resultado da partida. Como dizemos no Brasil, o choro é livre. Você pode chorar o quanto quiser, mas Thomaz [Bellucci] o venceu jogando tênis", respondeu.
O comandante dos EUA, Jim Courier, comentou que Isner só irá evoluir nesses aspectos a partir do momento que começar a jogar mais partidas. "A confiança vem do trabalho na quadra e na transição para o jogo. Falar apenas não vai mudar nada. Ele tem que passar pelo processo", concluiu o ex-tenista, que já se prepara para o duelo contra a Sérvia em abril.
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