E agora?

Peça-chave para os EUA, John Isner reclama do joelho e é dúvida para enfrentar o Brasil na Copa Davis

Mesmo fora do Australian Open, gigante de 2,06m ainda sente muitas dores e disse, em entrevista, que nao vai tomar riscos para comprometer seu ano


Número 1 dos EUA em simples e principal arma para o confronto diante do Brasil no fim de semana, John Isner afirmou em entrevista ao diário Greensboro News-Record que ainda não sabe se estará 100% recuperado para sexta-feira, dia em que enfrentaria Thiago Alves, número 141 do ranking e segundo melhor simplista do time dos visitantes.

Ron C Angle (TPL)
Isner ainda sente dores no joelho e não sabe se terá condições de jogo para sexta-feira
Isner, 16º do mundo, afirmou que a lesão no joelho que o tirou do Australian Open ainda precisa de mais tempo para cicatrizar. "Não posso dizer que estarei 100% em três ou quatro dias", declarou o gigante de 2,06m.

"É frustrante, porque não é um problema muscular, que você pode recuperar. É no osso, então só posso esperar. Vou tentar de tudo nessa semana para ver como evolui. O que sei é que não vou dar brecha em arriscar meu resto de temporada. Se puder jogar, vou jogar. Se não, vou ter que esperar", emendou Isner, que se arrependeu de ter continuado a treinar com o problema ainda na Austrália.

Ressonância magnética recente mostrou que o joelho do atleta reduziu o inchaço e os médicos o avisaram que o ideal é uma recuperação de quatro a seis semanas. Além de Isner, o time dos EUA conta com Sam Querrey, 20º da ATP, e dos irmãos Bob e Mike Bryan, melhores duplistas da atualidade.

"A Copa Davis é muito importante para mim. Toda vez que você pode representar seu país, é muito especial. Tenho um ótimo relacionamento com Jim [Courier, capitão dos EUA]", lembrou o jogador, que foi fundamental nas vitórias contra Suíça e França em 2012, ambas fora de casa.

Marcelo Ruschel/POA Press
Imprensa americana se preocupa com Bellucci, principal nome do Brasil
O diário americano analisa ainda que a atuação de Isner seria primordial para as pretensões de vitória dos anfitriões, alertando para o "perigoso Thomaz Bellucci" no duelo contra Querrey ainda na sexta-feira e para a qualidade de Marcelo Melo e Bruno Soares, que chegaram as quartas de final das Olimpíadas batendo, no caminho, Isner e Andy Roddick, recém-aposentado em 2012.

Caso Isner não se recupere a tempo, o capitão americano poderá escalar outro jogador até quinta-feira, dia do sorteio dos jogos em Jacksonville. O substituto imediato seria Mardy Fish, 31º do ranking, porém o tenista ainda está se recuperando de um problema cardíaco e ao joga desde o US Open do ano passado (em setembro).

Roddick, mesmo aposentado, aparece como 41º do mundo e é seguido de Brian Baker, 53º e que vai ficar ausente das quadras até março por conta de uma lesão no joelho sofrida no Australian Open. Ryan Harrison, que jogou o confronto diante da França nas quartas de final do ano passado, é o melhor classificado logo depois, em 57º lugar.

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Da Redação, Em São Paulo

Publicado em 29 de Janeiro de 2013 às 13:29


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