Parceria brasileira só perdeu um de seis confrontos no torneio e, além disso, mantêm retrospecto positivo contra os rivais, donos de 12 Grand Slams juntos
Da redação em 21 de Setembro de 2012 às 12:49
Quando viu a equipe brasileira garantir o acesso ao Grupo Mundial da Copa Davis em 2013, o capitão brasileiro João Zwetsch sabia que não teria facilidade contra nenhum adversário. O sorteio da última quarta-feira não foi o dos melhores e pôs o grupo verde-amarelo à frente dos EUA, maiores campeões do torneio entre equipes.
| Marcelo Melo e Bruno Soares têm voto de confiança do capitão brasileiro para duelo contra os EUA em 2013 |
No entanto, Zwetsch prefere olhar com otimismo a situação e lembra que a dupla brasileira, Marcelo Melo e Bruno Soares, possui um retrospecto favorável juntos contra os atuais líderes do ranking da ATP.
"Eles [EUA] têm uma dupla incontestável. É a melhor do mundo, não tem como dizer outra coisa dos Bryan. Ninguém conseguiu o currículo que eles têm", declarou o capitão brasileiro sobre a parceria, que tem 12 títulos de Grand Slam no currículo.
"Mas o Marcelo e o Bruno já ganharam deles e jogando o que sabem tem condições de ganhar", completou. Em três duelos realizados pelo circuito, ainda quando atuavam em parceria - entre 2010 e 2011 -, Melo e Soares levaram a melhor em dois deles - em Roland Garros/2010 e no ATP 500 de Washington/2011.
Em seis jogos defendendo as cores do Brasil na Davis, Melo e Soares venceram cinco deles, inclusive o último, em que os mineiros bateram a dupla da Rússia por 3 sets a 0. O único revés da parceria aconteceu na repescagem do Grupo Mundial de 2010 diante da Índia - Mahesh Bhupathi e Leander Paes.
Já os Bryan atuaram juntos em 22 vezes, com 20 triunfos. A última derrota dos gêmeos aconteceu em 2008, em confronto diante da França - Arnaud Clement e Michael Llodra. O capitão do Brasil acredita que um possível triunfo de Thomaz Bellucci na sexta-feira pode levantar ainda mais o ânimo de Melo e Soares para uma possível zebra no sábado.
"Os duelos de Davis têm uma questão emocional envolvida e isso é muito forte no Marcelo e no Bruno. É curioso porque tem todo o contexto, o jogo das duplas é muito influenciado pelos resultados de simples do dia anterior. A coisa toda pode mudar, cria um novo contexto. Mas acredito mesmo nos meninos", explicou Zwetsch.
Brasil e EUA se enfrentam pela primeira rodada do Grupo Mundial de 2013 entre 1 e 3 de fevereiro, uma semana depois da disputa do Australian Open. Em quatro confrontos, o país tupiniquim venceu apenas um, em 1966 - com Thomaz Koch e Edison Mandarino em Porto Alegre.
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