Brasil Open 2013

Bellucci minimiza jogar com torcida contra em São Paulo: "não sou o mais carismático"

Canhoto precisou de três sets para bater Guilherme Clezar, pupilo de João Zwetsch, e que chegou a ter apoio do público no Ginásio do Ibirapuera


Há cerca de uma semana, Thomaz Bellucci conseguiu uma das maiores vitórias de sua carreira ao despachar o norte-americano John Isner e cinco sets no piso duro de Jacksonville em confronto que deu sobrevida ao Brasil na Copa Davis. Poucos metros da linha de base, estava João Zwetsch, seu ex-técnico e capitão do país no torneio entre seleções e com quem o motivou durante a maior parte do jogo.

Gaspar Nobrega/Inovafoto
Bellucci não encontrou facilidade contra pupilo de seu ex-treinador e viu torcida em SP dividida
Na última terça-feira, Bellucci e Zwetsch voltaram a ficar próximos, mas agora em lados opostos no Ginásio do Ibirapuera. Na estreia do Brasil Open, em São Paulo, Bellucci, cabeça de chave 5, duelou contra Guilherme Clezar, novo pupilo do capitão brasileiro no circuito profissional.

Após a dura vitória por 2 sets a 1, com parciais de 7/6(4), 5/7 e 7/6(1) em mais de 2h30, Bellucci respondeu às perguntas dos jornalistas em coletiva de imprensa. A respeito da realidade do circuito, em que Zwetsch seria treinador do seu adversário, o canhoto de Tietê não se sentiu incomodado.

"É logico que é estranho. Na semana passada, ele [Zwetsch] estava sempre do meu lado, durante dois jogos inteiros e hoje eu estava enfrentando o jogador dele. Mas é normal, no circuito você acaba jogando contra os mesmos jogadores, jogamos contra amigos, isso é muito normal", disse Bellucci, que irá enfrentar o italiano Filippo Volandri na próxima fase em reedição da semifinal do torneio no ano passado.

Em certo momento do jogo, o número 1 do Brasil, 35º do ranking, ouviu certos aplausos do público em favor de Clezar, até quando cometia uma dupla-falta. Mas Bellucci minimizou o fato dizendo que não tem tanto carisma para cativar os torcedores.

"Cada um torce para quem quiser. Estava na quadra, tentando fazer o meu trabalho. É logicamente que se eu perceber que estou jogando com a torcida a favor, é muito mais gostoso. Eu sei que não sou o cara mais carismático de todos, mas as pessoas estão ali para torcer pelos brasileiros e o Clezar jogou um belo tênis. É normal a torcida estar dividida e torcer para os mais jovens", concluiu.

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Matheus Martins Fontes, De São Paulo

Publicado em 13 de Fevereiro de 2013 às 11:18


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