Jogar Solto

Sem pressão, Brasil encara duelo fora contra os EUA na base do "pagar para ver"

Bellucci e Cia voltam ao Grupo Mundial depois de 9 anos e tem páreo duro em Jacksonville a partir de 6ª; retrospecto marca 3 a 1 para os anfitriões


O Brasil enfrentará um forte adversário a partir de sexta-feira em Jacksonville pela estreia no Grupo Mundial da Copa Davis, pelotão de elite em que o país não jogava desde 2003. Desde o último final de semana, o grupo chefiado por João Zwetsch já treina na quadra rápida e coberta do complexo Jacksonville Veterans Memorial Arena, no estado da Flórida, e já deixa claro que entrarão em quadra como franco-atiradores.

Marcelo Ruschel/POA Press
Bruno Soares já sabe do potencial que terá pela frente contra os Bryan no sábado
Em quatro embates contra os EUA, o Brasil só saiu vencedor em um deles - em 1966, o time de Thomaz Koch e Edison Mandarino bateu os poderosos americanos com Artur Ashe e Dennis Ralston por 3 a 2 em Porto Alegre. A última série aconteceu em 1997, no saibro de Ribeirão Preto, onde Guga, Fernando Meligeni e Jaime Oncins sucumbiram por 4 a 1 diante de Jim Courier (atual capitão dos EUA no torneio) e MaliVai Washington.

Dessa forma, o mineiro Bruno Soares elogiou o time norte-americano, que contará com os irmãos Bob e Mike Bryan, dupla número 1 do mundo e campeã de 13 Grand Slams no currículo, mas afirmou que a vantagem de jogarem com a torcida a seu favor não terá tanta importância a partir de sexta-feira.

"É um confronto muito importante para a gente e muito difícil. Eles vêm com força total, são favoritos, mas nossa equipe se fortaleceu muito nos últimos confrontos. Vamos enfrentar os irmãos Bryan, temos a consciência de que é um jogo duro, não teremos brechas, é jogar o nosso melhor e pagar para ver", disse o brasileiro.

"Eu gosto de jogar fora, acho legal. É uma boa vantagem jogar em casa, especialmente no Brasil, porque o público é barulhento. Acho que jogar fora de casa tem uma sensação diferente. Devemos ter bastante brasileiros aqui e certamente farão bastante barulho", completou Soares na coletiva da última terça.

Marcelo Ruschel/POA Press
Bellucci não sabe ainda quem enfrentará em simples
Por sua vez, Thomaz Bellucci terá a responsabilidade de marcar pontos decisivos no primeiro e terceiro dias. Ainda não há a ordem de quem vai enfrentar, já que John Isner, número 1 dos donos da casa, não definiu sua participação no confronto. Caso confirme, Bellucci joga contra Sam Querrey na sexta e diante de Isner no domingo.

Agora, se Isner não tiver condições, Bellucci enfrentaria Ryan Harrison (substituto imediato) na sexta e Querrey no terceiro dia. Quaisquer que sejam seus rivais no embate, o canhoto já sabe o que deverá fazer quando entrar em quadra pelo país.

"Eu conheço Sam Querrey muito bem. Eu treinei algumas vezes com ele, é um jogador muito bom, especialmente neste tipo de quadra. Ele tem um saque muito bom e uma ótima direita. Será difícil jogar contra ambos os jogadores", afirmou Bellucci, que nunca enfrentou Querrey em jogos oficiais pela ATP.

Diante de Isner, o paulista de Tietê tem vantagem de 1 a 0, já que o bateu na segunda rodada do Masters 1000 de Roma, em 2010. Os dois disputaram a última rodada do qualifying do ATP 250 de Auckland, em 2009, mas a vitória do americano não entra nas estatísticas da entidade. Um duelo contra Harrison seria inédito.

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Da Redação, Em São Paulo

Publicado em 30 de Janeiro de 2013 às 12:36


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