Embalado, Nadal chega em Barcelona na busca pelo hepta e nega preocupação pelo número 1

Enquanto a primeira rodada do ATP 500 de Barcelona teve início nesta segunda-feira, as atenções da mídia local apontaram, é claro, para Rafael Nadal, hexacampeão do torneio e principal favorito também para 2012. O número 2 do mundo passou esta manhã analisando sua trajetória no Masters 1000 de Monte Carlo, onde conquistou o primeiro troféu da temporada e o oitavo consecutivo no principado de Mônaco.

Nadal abraça Djokovic após ficar com o título em Monte Carlo, o oitavo seguido no torneio

Porém, quando foi questionado se um dos principais objetivos para a temporada seria a recuperação da liderança do ranking, Nadal foi enfático e priorizou a conquista de grandes títulos. "Meu objetivo agora não é o número 1, mas sim vencer em Barcelona", disse Rafa na tradicional coletiva de imprensa do evento.

"Meu único objetivo é ir dia após dia e dar o melhor de mim em cada treino, em cada partida. Agora, começa outro torneio especial para mim, porque jogo em casa e espero jogar bem desde o primeiro dia e seguir evoluindo", acrescentou Nadal, que foi campeão em Barcelona nas temporadas de 2005, '06, '07, '08, '09 e '11. "É claro que jogar em Barcelona sabendo que ganhou o torneio anterior te dá mais tranquilidade e confiança, mas em nenhum momento te garante a vitória", completou.

Na semana passada, Nadal quebrou uma série de sete derrotas seguidas para Novak Djokovic, todas em finais. No entanto, o espanhol afirmou que o caneco em Monte Carlo supera a relevância do adversário na decisão, mesmo se tratando do seu maior rival na atualidade. "É importante ganhar de Djokovic, mas sou sincero a ponto de dizer que é mais importante ganhar Monte Carlo. Quando tudo acaba, o que fica são os títulos, as vitórias, não contra quem você derrotou", argumentou.

Espanhol não quis comentar sobre possível medalha nas Olimpíadas e alertou para perigos da grama de Wimbledon

Por final, Nadal preferiu não pensar quando o assunto é Copa Davis. O tenista não participou dos dois confrontos anteriores - contra Cazaquistão e Áustria - e, dificilmente, deverá estar presente nas semifinais contra os EUA, em setembro. "Eu não tomo decisões a quatro ou cinco meses em vista. Veremos como vão as coisas", despistou o espanhol, que tampouco falou sobre a possibilidade de uma possível medalha na Olimpíada de Londres.

"Primeiro tenho que chegar lá [Wimbledon, palco do tênis nos Jogos Olímpicos] e, além disso, é um torneio que se joga na grama ao melhor de três sets e qualquer deslize você vai para casa", citou Nadal, que também afirmou não se considerar o melhor jogador no saibro. Para ele, o sueco Bjorn Borg ainda carrega o status. "Quando isto acabar, os especialistas serão os que vão decidir em que lugar me colocarão na história deste esporte", finalizou o hexacampeão de Roland Garros.

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