Melhora
Russa atropelou, não perdeu sequer um game na estreia em Paris e comemorou evolução no piso lento, onde perdeu apenas uma vez no ano
Em sua carreira, Maria Sharapova sempre se sentiu confortável atuando em quadras rápidas, tanto é que, logo aos 17 anos, sagrou-se campeã na grama sagrada de Wimbledon. Mais experiente, capturou as coroas do US Open e Australian Open. A russa nunca negou que seu "calcanhar de Aquiles" era o piso de saibro, porém 2012 pode ser o ano que a musa tanto aguardou para fechar o Career Grand Slam.
Sharapova não perdeu tempo e aplicou "bicicleta" na estreia em Roland Garros |
Com o triunfo, Sharapova acumula 10 jogos de invencibilidade na superfície - com dois títulos (nos Premiers de Stuttgart e Roma) e apenas um revés para Serena Williams em Madri - e já sonha com um caneco na Cidade-Luz. Porém, a tenista de 24 anos mostrou classe e profissionalismo ao analisar seu primeiro desafio.
"Uma estreia de Grand Slam nunca é fácil, você tem que encarar a sua adversária do outro lado da rede. Não importa se esteja jogando bem ou mal, você tem que vencer. Esse era o meu principal objetivo hoje", disse a loira, que anotou 20 winners ao longo do duelo contra nenhum da rival.
Sharapova negou ser a grande favorita para o Major francês, porém reconheceu que está no caminho de fazer uma boa campanha em Roland Garros. "Acho que todas têm chances. É claro que estou muito feliz com minha preparação para esse torneio e a cada ano vou melhorando, vou curtindo mais jogar nesta superfície, aprendi muito mais sobre a construção do ponto e sinto que estou muito mais preparada do que os anos anteriores. Faz parte do processo esse aprendizado sobe o jogo, o que me traz confiança para o torneio. Espero que continue evoluindo a cada rodada", comentou.
No fim da entrevista coletiva, a ex-líder do ranking mostrou bom humor ao deixar de se considerar uma "vaca no gelo", expressão que explicava a falta de adaptação no piso, muitas vezes, escorregadio. "Olha, não te conto quantas vezes ouvi isso nas últimas semanas... (risos) Uma coisa que me ajudou muito é que comecei a acreditar que sou capaz fisicamente de jogar sete partidas em um nível alto, que posso me recuperar bem, o que não acontecia nos últimos anos quando jogava três sets, tinha que batalhar e no jogo posterior, não conseguia me movimentar bem em quadra, sentia uma falta de energia. E isso melhorou muito, sinto que estou guardando mais energia", concluiu Sharapova, que enfrenta na próxima fase a japonesa Aymui Morita.
Caso seja campeã em Roland Garros e a bielorrussa Victoria Azarenka não atingir a final, a russa voltará a ocupar o posto de melhor tenista do mundo. Caso seja vice-campeã, precisa contar com uma queda de Azarenka, atual líder, na fase de oitavas de final.
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Publicado em 29 de Maio de 2012 às 08:55