Sob pressão

Murray começa bem sua caminhada para quebrar um tabu de 74 anos

Desde 1936, com o título de Fred Perry no US Open, que a Grã-Bretanha não conquista um Grand Slam no circuito masculino


Na Austrália este ano, Murray chegou a seu segundo vice-campeonato de Grand Slam
Na segunda semana de agosto, o tenista britânico Andy Murray fez uma campanha impecável no Masters 1000 de Toronto, sendo premiado com seu quinto título de Masters na carreira após derrotar o embalado argentino David Nalbandian, que vinha de 11 vitórias consecutivas, o número 1 do mundo Rafael Nadal e o mito do tênis, Roger Federer, consecutivamente.

Apesar de que ele tenha sido derrotado nas quartas-de-final do Masters 1000 de Cincinnati na semana seguinte, alegando muito cansaço por causa do forte calor, o título no Canadá fez com que muitos britânicos acreditassem que finalmente um tenista da Grã-Bretanha pudesse vencer um Grand Slam, 74 anos depois que o inglês Fred Perry conquistou o seu terceiro US Open.

Na estreia de hoje no US Open 2010, o tenista escocês não teve muitas dificuldades para superar o eslovaco Lukas Lacko por três sets a zero (6/3, 6/2, 6/2) e avançar para a segunda-fase, onde enfrentará o jamaicano, número 123 do mundo, Dustin Brown, que passou hoje pelo espanhol, 92º colocado do ranking, Ruben Ramirez Hidalgo, também em sets diretos (6/4, 7/6[8/6], 7/5).

Murray sabe que a pressão britânica não é pequena, já que outras vezes que ele caiu em Majors a crítica foi pesada. Ele sabe também que os últimos jogadores que os britânicos acreditaram, como os ex-top5 Greg Rusedski e Tim Henman, sofreram com as sátiras dos jornais após suas quedas.

Em 2000, quando Rusedski perdeu em Wimbledon diante do recordista de derrotas consecutivas (21) Vicent Spadea, a principal manchete foi: "Rusedski cai para o maior perdedor do mundo". Alguns anos depois, após uma das derrotas de Henman, a sátira foi ainda maior: "Por quê na Terra nós algum dia pensamos que ele poderia fazer isso (vencer o Grand Slam)?".

O atual número 4 do mundo, porém, afirma que não se liga muito aos números e muito menos acredita em uma ''maldição'' que persiga os britânicos todos estes anos. "Eu sei que se eu jogar meu melhor tênis eu posso bater qualquer um, mesmo em um Grand Slam", garantiu o tenista vice-campeão do US Open em 2008 e do Australian Open este ano, antes de completar que o segredo é "apenas tentar vencer uma destas coisas".

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Da redação

Publicado em 1 de Setembro de 2010 às 13:12


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