Para a história

Jogo histórico divide opiniões de tenistas do circuito

A partida de 11h05 disputada por John Isner e Nicolas Mahut é o assunto mais discutido no complexo de Wimbledon


Alívio de Isner e decepção de Mahut estão eternizados na história do tênis e de Wimbledon
A maior partida da história do tênis, iniciada na terça-feira e terminada apenas nesta quinta-feira, vencida por John Isner após fechar o quinto set diante do francês Nicolas Mahut em 70/68, causou muito alvoroço em tenistas, jornalistas e torcedores, e poderá gerar alguma polêmica entre os profissionais do esporte.

"Isso é absolutamente surpreendente, é uma partida muito especial. Impressionante, nem sei o que dizer", exaltou, com o jogo ainda em andamento, o favorito de Wimbledon, Roger Federer, que no ano passado conquistou seu sexto título do Major após uma final de 4h16 e uma vitória por 16/14 no quinto set.

Muitos jogos vêm sendo estendidos no último set, já que o regulamento não prevê um tie-break, forçando algum tenista a quebrar o saque do adversário. Como, na grama, o saque bem encaixado é quase mortal, o torneio de Wimbledon sempre terá muitas partidas com várias horas de duração, como esta finalizada hoje.

"Foi muito incrível o que eles fizeram, acho que nesse ponto as regras serão mudadas, em um ponto que teremos que jogar um tie-break", afirmou a russa Maria Sharapova. "Nunca estive nessa situação, então é difícil dizer. Mas acho que depois de nove horas, preferiria decidir isso em um tie-break", completou.

"Estou assombrado que ambos puderam manter seus serviços com folga durante o jogo. Creio que ambos são vencedores", afirmou o sérvio Novak Djokovic, número 3 do mundo, que com seu conhecido humor apontou uma alternativa. "Não sei, poderiam por um tie-break quando estiver 50 iguais, talvez seja uma solução", afirmou.

Já o escocês Andy Murray, que venceu hoje sob os olhos da rainha Elizabeth II, defende o regulamento. "Eu acho que as regras aqui são muito boas. Essa foi uma história muito grande para todos ontem, e muito boa para o esporte. Então que se mantenha assim", afirmou o número 4 do mundo, que acredita que o recorde dificilmente será batido. "Isso nunca acontece assim. Isso nunca vai acontecer novamente, ao menos que eles joguem o próximo ano", afirmou o descontraído tenista britânicos.

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Da redação

Publicado em 24 de Junho de 2010 às 12:26


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