Em meio à crise econômica mundial, tenistas se tornam milionários cada vez mais cedo

Rafel Nadal, número um do mundo no tênis

A crise no setor imobiliário norte americano, que afetou a economia mundial, reascendeu uma discussão muito freqüente no mundo do tênis: o alto valor pago aos atletas. Não só no tênis, como em muitos esportes, os atletas somam grandes quantias em torneios, eventos e publicidade.

Os juros subiram, a economia esfriou e os bancos que emprestam dinheiro começaram a apresentar rombo. O norte-americano parou de consumir e a tendência é que o consumidor de todo o mundo siga o mesmo caminho.

Alheio a tudo isso, o mundo do tênis parece não sofrer com a crise. Os jogadores estão cada vez mais preparados fora das quadras. As equipes que os assessoram cuidam muito bem de suas carreiras e os atletas se tornam milionários cada vez mais cedo.

Vijay Singh, melhor golfista de 2008

Porém, se comparadas a outros esportes, as cifras pagas aos tenistas não podem ser consideradas absurdas. Os ingressos para as partidas são relativamente baratos, se comparados a torneios de beisebol e golfe. O custo de treinamento para tenistas de alto nível é muito grande. Envolve equipamentos, aluguel de quadras, profissionais de diversas áreas, entre outros fatores.

Se analisados friamente, os "salários" de um tenista são fora da realidade. Porém, uma comparação com outro esporte, o golfe, por exemplo, evidencia que os ídolos das raquetes não chegam aos pés de atletas de algumas modalidades. Os melhores no ranking dos dois esportes, o espanhol Rafael Nadal e Vijay Singh, de Ilhas Fiji, ganharam a mesma quantidade em prêmios na atual temporada: US$ 6,5 milhão cada. Porém, enquanto o quinto melhor golfista em 2008, o americano Kenny Perry, ganhou US$ 4,5 milhão em premiação, o seu homólogo no tênis, o russo Nikolay Davydenko, ganhou "apenas" US$ 1,5 milhão.

Se comparadas ainda com esportes como basquete e futebol, as cifras do tênis ficarão ainda mais para trás. É claro que as quantias pagas aos tenistas estão fora da realidade. Porém, está é uma questão que tem que ser discutida no mundo dos esportes em geral e não apenas no esporte das bolinhas.