Após vitória épica, Ferrer reconhece: ''Foi uma das melhores partidas da minha vida'

Ferrer vibra após conseguir triunfo sobre Del Potro em Sevilha; Espanha tem 2x0 na final da Copa Davis

Antes do início do confronto diante da Argentina pela final da Copa Davis, em Sevilha, David Ferrer carregava uma invencibilidade de 11 partidas jogando em casa e carregava um certo favoritismo sobre Juan Martin Del Potro pela melhor classificação no ranking da ATP. Porém, o número 5 do mundo não encontrou facilidade em quadra e teve que pôr em prática o que apresenta de melhor para se sobressair no duelo - o coração.

Em uma maratona de 4h43min, Ferrer declarou em entrevista pós-jogo que "fez uma das melhores partidas da carreira". A vitória por 3 sets a 2, com parciais de 6/2, 6/7(2), 3/6, 6/4 e 6/3, colocou a Espanha a um ponto de se sagrar pentacampeã do maior torneio entre equipes, já que Rafael Nadal havia confirmado no primeiro jogo do confronto diante de Juan Mónaco.

"Eu joguei uma das melhores partidas da minha carreira. Estou feliz por ter sido na decisão da Davis, que é muito importante para nós", declarou Ferrer, intitulado pelo diário Marca de "Gladiador de Javea", fazendo alusão à cidade natal do tenista ibérico.

Espanhol suportou batalha de quase cinco horas e virou para cima de Del Potro

O espanhol mostrou estar em grande forma, mesmo depois de uma desgastante temporada e que culminou na participação no ATP Finals de Londres, onde só caiu na semifinal para o campeão Roger Federer.

Caso a dupla argentina, com David Nalbandian e Eduardo Schwank vença os espanhóis Feliciano Lopez e Fernando Verdasco, e Nadal venha a perder de Del Potro, Ferrer voltará à quadra para decidir o duelo contra, provavelmente, Nalbandian. "Agora quero relaxar e aproveitar o momento. Vou ver como vão ser as duplas e, se perdermos, estarei pronto para domingo", encerrou.

Por sua vez, Del Potro aparentou exaustão na partida da última sexta-feira, principalmente na reta final do duelo. O argentino, que ficou parado quase um ano do circuito por conta de uma séria lesão no punho, voltou em grande estilo neste ano, mas afirmou que ainda busca a forma física ideal. "Todos os pontos foram longos, do jeito que ele gosta", lamentou o número 11 do ranking, que ilustrou a derrota como "dolorosa".

Del Potro e Cia precisam de "milagre" nos dois próximos dias para ficar com título inédito da Copa Davis

O capitão argentino Modesto Títo Vázquez admitiu que a situação do seu time ficou complicada. Sua tática contava com a vitória de Del Potro, da sua dupla e de Nalbandian sobre Ferrer no domingo. "Este era um jogo que contávamos. Talvez Del Potro se recupere. Ele é capaz de vencer Nadal. Nunca se sabe. Podemos voltar à disputa, mas é uma tarefa difícil", avisou.

Além da forte equipe europeia, que não perde em seu território há 12 anos, a Argentina tem outro tabu para ultrapassar se quiser vencer pela primeira vez a Copa Davis - na história do torneio, nunca os argentinos conseguiram sair de uma situação de 2 a 0 contra.

O máximo que conseguiram aconteceu em duas oportunidades quando perdia por 2 a 1 - em 1976, liderados por Guillermo Vilas e Rubén Cano, a nação portenha bateu o Brasil em São Paulo; e, em 1990, Martín Jaite e Alberto Mancini foram os destaques na virada contra a Alemanha em Buenos Aires.

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