Brasileiro não conseguiu suportar ritmo intenso de Rafa e foi eliminado na segunda rodada do US Open, porém voltou a jogar no Arthur Ashe Stadium, assim como em 2012
Por Matheus Martins Fontes, da redação em 30 de Agosto de 2013 às 14:44
Nova York (Estados Unidos) - Em 2012, Rogério Dutra Silva teve o privilégio (ou azar, dependendo do ponto de vista) de enfrentar Novak Djokovic na segunda rodada do US Open e a partida foi realizada no Arthur Ashe Stadium. A vitória não veio e o brasileiro só tirou cinco games do sérvio. Um ano depois, coube ao destino levá-lo novamente à maior quadra do complexo em Flushing Meadows. E, mesmo derrotado, Rogerinho quer que sua carreira alavanque após nova chance de estar em um dos maiores palcos do tênis.
Na sessão noturna da quadra Arthur Ashe, em horário nobre da programação, Rogerinho tinha a "missão quase impossível" de parar ninguém menos que Rafael Nadal, o melhor tenista de 2013 e ainda invicto no piso rápido com os títulos nos Masters 1000 de Indian Wells, Montreal e Cincinnati.
Apesar da luta nos primeiros games e algumas grandes jogadas que levantaram a plateia do Ashe, o brasileiro, 134º do ranking, não resistiu por mais de 1h32m e sucumbiu diante de Nadal por 6/2, 6/1 e 6/0. O resultado não abalou Rogério, que, pelo terceiro ano consecutivo, chegou à segunda rodada em Nova York e, em 2013, teve que furar o qualifying.
Na estreia, o paulistano de 29 anos superou o canadense Vasek Pospisil, que vinha embalado após uma excelente camapanha no Masters de Montreal há algumas semanas, quando foi semifinalista. E foi exatamente o cansaço dessa maratona, vencida apenas no tiebreak do quinto set, que prejudicou em parte o desempenho de Rogerinho contra Nadal.
"Comecei bem, tive um break point no segundo set, depois senti um pouco o cansaço dos últimos jogos, mas foi bem legal estar enfrentando o Nadal na Arthur Ashe, espero levar essa experiência para que alavanque mais minha carreira. Foi demais a atmosfera na quadra central nesta noite [ontem]", destacou Rogerinho.
A ótima campanha no US Open renderá ao brasileiro importantes posições no ranking da ATP e renova a esperança de Rogerinho, que sofreu com uma lesão no pé nos últimos três meses, em voltar para o top 100. Em setembro, o Brasil enfrenta a Alemanha pela repescagem da Copa Davis e o capitão João Zwetsch tem grandes chances de convocá-lo após os resultados nos EUA.