Murray relembra mal início de ano e confessa ter sofrido com queda na Austrália: "Sentia-me terrível"

Britânico acabou derrotado em janeiro para Djokovic em Melbourne, acumulando sua terceira final perdida em Majors; na sequência, foram três derrotas seguidas em estreias

Da redação em 17 de Novembro de 2011 às 09:56

Um dos maiores destaques dessa reta final de temporada, com três títulos em sequência e tendo desbancado Roger Federer na briga pela terceira colocação do ranking da ATP, o britânico Andy Murray nem lembra aquele jogador cabisbaixo e sem confiança meses depois da perda do Australian Open para Novak Djokovic.

A queda em mais uma decisão de Grand Slam [a terceira na carreira e sem ganhar sets] foi traumática para o escocês de Dunblane, que confessou nessa semana ter sido muito complicado superar tal fase. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Murray disse que levou vários meses para digerir a derrota de janeiro.

Depois da derrota para Djokovic, Murray sofreu três eliminações seguidas em rodadas iniciais e só recuperou a confiança durante a temporada de saibro.

"Não acredito que uma derrota tenha demorado tanto antes para sair da minha cabeça", admitiu Murray, que sofreu três derrotas consecutivas após Melbourne (Roterdã, Indian Wells e Miami). "O Australian Open acontece em janeiro, então em dezembro eu me preparei em Miami. Passei o Natal sozinho, correndo na praia. Poderia ser pior, eu sei, mas todo mundo está com sua família e tudo o que pensa é: ''Não se preocupe, tudo vai valer a pena''. Então, chegar tão perto e perder é duplamente doloroso, por causa de tudo de que abri mão", desabafou.

Com três títulos seguidos na Gira Asiática, o britânico é um dos destaques deste final de ano.
Murray acrescentou também que as palavras de incentivo após o revés para Djokovic de nada adiantavam para a motivação do atleta, que revelou ter ficado cerca de dois meses com a final em sua cabeça. "Todo aquele esforço não foi o suficiente. Depois, todos querem te consolar, o que é a última coisa que você precisa. Você realmente não quer ouvir: ''Você está indo muito bem e vai acontecer se continuar trabalhando duro'' porque você está pensando: ''Olhe, estou trabalhando duro e não aconteceu, então pare de me falar isso''", contou.

"Há momentos em que você não quer que te animem, você nem quer falar com as pessoas. Não há ninguém que possa te ajudar. Você acaba sendo a única pessoa que pode lidar com isso. Em março, eu me sentia terrível. Detestava treinar, tudo estava errado", concluiu Murray, que disputa o ATP Finals a partir de domingo.

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