Federer não "engole" atitude de Murray e critica rival: 'Ele não sabe o que quer'

Convidado, Murray se retirou do ATP da Basileia por conta de uma contusão no glúteo

No último mês, vários jogadores da ATP reclamaram do exaustivo calendário de torneios ao longo do ano e pediram mais tempo para descansar entre os eventos. Um dos que mais lideraram as reivindicações foi o britânico Andy Murray. No entanto, a desistência de última hora no ATP 500 da Basileia, nessa semana, despertou certo senso crítico dos demais colegas de circuito.

Ídolo local e maior vencedor do torneio com quatro troféus, Roger Federer resolveu dar sua opinião sobre o caso. O vencedor de 16 Grand Slams, e que recentemente caiu para a quarta colocação do ranking [ultrapassado pelo próprio Murray], achou contraditória a atitude do escocês, que havia pedido um convite para jogar a chave principal.

"Quando Murray pede por um wildcard, o calendário não parece ser tão longo. Acho que ele [Murray] não sabe o que quer", declarou Federer. O britânico abriu mão de jogar sua primeira partida na Basileia após alegar uma lesão no glúteo direito.

"Quando Murray pede wildcard, o calendário não parece ser tão longo", cutucou Federer

Um dos principais cabeças no quesito 'greve' do tênis, Murray jogou 17 torneios ao longo da temporada. O número pode ser inexpressivo perto dos 28 de Alexandr Dolgopolov, 15º do mundo, dos 26 de Gilles Simon, 12º, ou dos 25 de Janko Tipsarevic, 10º, no entanto o jogador disputou uma série de competições seguidas, principalmente nessa reta final de ano, onde venceu três títulos na gira asiática [ATP 250 de Bangkok, ATP 500 de Tóquio e Masters 1000 de Xangai].

Assim, Murray segue para a França onde está inscrito para jogar o Masters 1000 de Paris. O atleta será um dos principais cabeças de chave e dividirá os dois lados do quadro principal na capital francesa ao lado de Novak Djokovic, já que Rafael Nadal não jogará para se preparar melhor à ATP Finals e à final da Copa Davis.

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