Inspirado por Sampras, Raonic se destaca no saque em estatísticas da ATP em 2012

Canadense lidera, entre outras categorias, número de aces (190), aproveitamento de 1º serviço e games vencidos no saque até aqui em 2012

Da redação em 24 de Fevereiro de 2012 às 15:21

O canadense Milos Raonic vem mostrando que é um dos grandes nomes de 2012 até aqui. O garoto de 21 anos venceu dois títulos em dois meses, ATPs de Chennai (Índia) e San Jose (EUA), levando a melhor em 11 dos 12 jogos que disputou. E o que tem deixado os seus adversários sem resposta é exatamente sua principal arma no alto de seus 1,96m - o saque.
O montenegrino naturalizado canadense, que declarou ser fã do norte-americano Pete Sampras, possui um dos serviços mais poderosos do circuito e as estatísticas da ATP ilustram o "estrago" deixado por Raonic em 2012, vencendo incríveis 96% dos games em que sacou - líder entre os 200 melhores jogadores do ranking.
Em 2012, Raonic é um dos jogadores em melhor forma - foram dois títulos e apenas uma derrota na temporada
"Desde o treinamento na pré-temporada, eu sinto que melhorei muito na primeira bola após o saque. Acredito que sempre estou pronto para jogar o ponto caso o saque volte. Não acredito que estou desistindo de pontos de graça logo depois. É apenas uma questão de por pressão na devolução do meu adversário, passando a imagem de que eles precisam fazer mais para colocar a bola em jogo", comentou Raonic em bate-papo com o website da ATP em Memphis.
Além do fato de ser líder no aproveitamento de serviços ganhos, Raonic é destaque em outras três categorias - ele venceu 84% dos pontos quando joga com o primeiro saque, superando os 83% de Tomas Berdych, número 7 do mundo; também é o número 1 em número de aces na temporada, com 190 até aqui, 42 a mais do que o tcheco.
No entanto, o que o número 35 da ATP tem evoluído muito no seu jogo é a capacidade de sair de situações delicadas nas partidas - Raonic salvou nada menos do que 84% dos break points que enfrentou, 8% a mais do que o segundo colocado, Andy Roddick, e 10% a mais do que o terceiro, Roger Federer.
"A coisa mais importante que aprendi do ano passado, especialmente após a lesão no quadril (sofrida em Wimbledon), é tentar não me apressar no ponto", explicou o canadense. "Sinto que oportunidades de quebra contra mim são raras, então quando tenho a oportunidade, vou para a bola, me apoio em minhas armas e me mantenho agressivo, mas, ao mesmo tempo, não fico afobado", completou.
Caso mantenha essas estatísticas, Raonic logo quebrará a melhor marca da carreira no ranking, que foi a 25ª posição em maio de 2011. Os próximos desafios do atleta comandado por Galo Blanco, após o ATP 500 de Memphis, são os Masters 1000 de Indian Wells e Miami, todos em quadras rápidas.

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