Bia Haddad sai do anonimato para capa da WTA por destaque em Floripa: "uma para se observar"

Das quatro brasileiras que estavam garantidas na chave do WTA de Florianópolis, a jovem Beatriz Haddad Maia era, talvez, a que entrasse com menor pressão em quadra, já que disputaria seu primeiro quadro principal de um torneio de alto nível. Porém, a comandada do técnico Larri Passos surpreendeu e esteve perto de passar para as quartas de final na capital catarinense, algo que o próprio site oficial da entidade destacou na última quarta-feira.

Bia Haddad foi destaque na capa da WTA por bela atuação em Florianópolis

Até a semana passada, quando Teliana Pereira atingiu a semifinal no WTA de Bogotá, o Brasil não atingia uma semifinal de um torneio de grande porte do circuito feminino, outra estatística lembrada pela WTA na matéria de capa com a seguinte manchete "Beatriz Haddad Maia - uma para se observar?". Após vencer a paulistana por 7/6 no terceiro set, a húngara Melinda Czink elogiou a talentosa brasileira.

"Sabia que ela era uma garota talentosa e ela jogou muito bem hoje [ontem]", disse a atual 100a colocada do ranking. "Tenho certeza que ela [Bia] tem um futuro promissor pela frente", emendou a experiente tenista de 30 anos.

E com o apoio de Larri e também de Gustavo Kuerten, o Guga, que compareceu à sede da Federação Catarinense de Tênis, a canhota de 1,84m se diz abençoada por ter a dupla ao seu redor. "Trabalho com Larri há dois anos. Ele é duro, mas é o jeito para eu me tornar uma campeã. Temos trabalhando muito juntos e acredito que estamos fazendo as coisas certas", começou Bia.

Jovem de 16 anos foi a melhor brasileira na chave e quase alcançou as quartas de final

"Guga vem à academia algumas vezes, treina comigo, me ajuda bastante, às vezes me diz algumas coisas que posso fazer melhor em quadra. Ele é tão amigável, uma grande estrela no Brasil. Guga é incrível e, para mim, ele e o Larri são dois gênios. É um privilégio tê-los por perto", completou a paulistana, que vai entrar para o grupo das 500 melhores do mundo com a vitória na estreia de Floripa.

Na sequência, Bia deverá mesclar alguns torneios menores da ITF e os grandes eventos no juvenil, principalmente os Grand Slams e os eventos GA e G1, como é o caso do Banana Bowl e a Copa Gerdau, ambos a serem realizados a partir de março. A transição do juvenil para o profissional é algo que Bia tem consciência de que deve passar por todas as etapas em busca do amadurecimento na modalidade.

"Eu tenho 16 anos, eu estou me formando. Eu tenho que ter isso na cabeça, eu ainda estou jogando torneios juvenis. Jogar um WTA em casa é muito bom, mas o duro é chegar no topo. Ter que jogar os Futures, os Challengers. Eu tenho que ter os pés no chão e consciente de fazer toda hora a coisa certa", encerrou a brasileira.

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