Bellucci lamenta excesso de erros contra Gasquet e ironiza saibro azul: "Não posso esquecer as chuteiras"

Paulista "esqueceu" 1ª impressão em Madri e afirmou que piso estava escorregadio; Djokovic também não poupou críticas à nova superfície

Da redação em 8 de Maio de 2012 às 14:44

Ao contrário de Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer, que não esconderam a insatisfação do saibro azul no Masters 1000 de Madri, o paulista Thomaz Bellucci não reclamou tanto da "novidade" dos organizadores da competição merengue. Via assessoria de imprensa, o número 1 do País havia divulgado que 'tinha aprovado a nova cor da terra' e que 'não sentia muita diferença', apenas, em suas próprias palavras, um 'pouco mais rápido do que o normal'.

Bellucci voltou atrás na opinião em relação ao saibro azul do Masters 1000 de Madri
Nesta terça-feira, Djokovic estreou em Madri com vitória suada diante do qualifier local Daniel Gimeno Traver, número 137 do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 6/2, 2/6 e 6/3 e não poupou palavras em relação ao piso da quadra. "Para a quadra central [Manolo Santana] é impossível se mover. Tentei forçar o saque e buscar o erro do meu adversário. Isto para mim não é tênis. Ou saio com chuteiras de jogar futebol ou convido o Chuck Norris para jogar nesta quadra", disparou o tenista de Belgrado.

Além disso, o quique diferente da bola [já comentado por Maria Sharapova no dia] e a característica do piso estar bastante escorregadio [ponto-chave das críticas de Nicolás Almagro no dia anterior] também foram fatores lembrados por Nole na entrevista pós-jogo.

"É muito mais escorregadia [quadra], não sei se posso julgar a qualidade da terra, mas creio que o material é diferente. Na vermelha, você consegue se recuperar quando desliza. Aqui, não, você sempre escorrega. O tempo da bola é outro, o slice põe a bola muito mais baixa que no saibro vermelho", explicou Djokovic.

E se Bellucci discordava do sérvio e Cia, a derrota frente ao francês Richard Gasquet, nesta terça-feira, o fez mudar de ideia. Via Twitter, poucas horas após o revés por 4/6, 6/4 e 7/6(5), em quase 3 horas de jogo, o canhoto de Tietê ironizou as condições encontradas no Estádio 3 do complexo da Caja Mágica, local do jogo de sua estreia.

"Ano que vem se fizerem o torneio em saibro azul novamente não posso esquecer de trazer minhas chuteiras de cravo", escreveu Bellucci, que, com a derrota, permanece com risco de não disputar as Olimpíadas de Londres. Atualmente na 69ª posição, o pupilo de Daniel Orsanic precisa beirar a faixa dos 70 primeiros para selar a vaga, porém ainda defende 90 pontos da terceira rodada de Roland Garros, no fim de maio. A lista oficial para os Jogos sairá exatamente ao término do Grand Slam francês.

Sobre a derrota para Gasquet, a terceira em três confrontos no circuito, Bellucci deu méritos ao adversário nos momentos importantes. Lembrando que o francês, cabeça de chave 14, precisou de sete match-points para definir a série. "Ele (Gasquet) jogou muito bem e começou a sacar muito bem também a partir do segundo set. Me deu poucas chances de conseguir um break. Errei algumas bolas em momentos chaves que me custaram a partida", analisou.

Enquanto Gasquet fora vice-campeão no ATP 250 de Estoril, na semana passada, o brasileiro não atuava há mais de 15 dias por conta de uma ruptura no abdômen. Por esse motivo, sentiu-se satisfeito por não acusar nenhum mal-estar em quadra. "Foi um jogo que me exigiu bastante, principalmente por eu estar parado há 15 dias e não sentir mais nada, embora ainda não tenha sacado 100%", finalizou Bellucci, que segue agora para o Masters 1000 de Roma.

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