Consultora da ATP põe vitória de Guga no Brasil Open sob suspeita

Volandri é acusado em outros jogos

Os recentes escândalos sobre manipulação de resultados no tênis fizeram com que a ATP contratasse uma consultoria especializada em apostas online. A empresa divulgou uma série de jogos sob suspeita, inclusive a vitória de Gustavo Kuerten sobre o italiano Filippo Volandri no Brasil Open deste ano.

Segundo a consultoria, Volandri teria entregado o jogo de propósito. A cotação em favor do italiano, que era o favorito para vencer a partida, caiu drasticamente antes do começo do duelo no site Betfair, o mesmo que registrou a movimentação irregular no duelo entre Nikolay Davydenko e Martin Vassallo Arguello.

A empresa afirma que no Aberto da Austrália deste ano, os jogadores recebiam propostas de até US$ 50 mil para entregarem suas partidas.

Já Guga havia perdido os quatro jogos realizados em 2007 e outros dois no ano anterior. Como não estava no melhor da sua forma, cada libra apostada no brasileiro pagava 4,5 em retorno. Além disso, não vencia uma partida há 532 dias.

Quem viu o duelo, percebeu que o italiano parecia sem paciência para jogar e cometeu vários erros. Em nenhum momento da partida, deu sinal de raça. A partida durou apenas 46 minutos.

O italiano alegou que sofria uma contusão no ombro direito. Após a derrota, ao invés de se tratar, participou de oito torneios no espaço de apenas dois meses, e até bateu o suíço Roger Federer por tranqüilos 6/2 e 6/4 no Masters Series de Roma.  Volandri é um dos tenistas que mais possuem jogos sob investigação da consultoria. Além do jogo na Bahia, existem outros três sob suspeita.

Já Davydenko também aparece com três suspeitas, incluindo uma desistência contra o armênio Sargis Sargsian em Gstaad, há dois anos. O russo liderava por 6/1 e 1/0 e abandonou o duelo. A consultoria descobriu uma aposta feita no hotel dos jogadores em favor de Sargsian no valor de 4 mil euros quando faltavam cinco minutos para a partida começar. O russo era o sétimo colocado na ATP e o armênio, o 107º.