Nadal reforça coro contra saibro azul de Madri: "Pedi para jogar com tênis para grama"

Espanhol estreou com vitória fácil sobre Davydenko, mas nem assim deixou de mostrar sua insatisfação com ATP por permitir mudança de cor do piso

Da redação em 9 de Maio de 2012 às 10:54

Atual vice-campeão, o espanhol Rafael Nadal não se importou com o saibro azul, tão criticado por ele e vários jogadores, e estreou em grande forma no Masters 1000 de Madri. Nesta quarta-feira, o tenista hexacampeão de Roland Garros quebrou uma série de quatro derrotas consecutivas para Nikolay Davydenko e o despachou com facilidade, com parciais de 6/2 e 6/2.

Nadal voltou a reclamar do polêmico saibro azul do Masters 1000 de Madri
Dessa forma, chegou ao recorde de 25 vitórias e sete derrotas jogando na capital espanhola [também contando a fase em que o evento era disputado em quadras rápidas]. Mesmo não encontrando dificuldades no jogo de hoje, Nadal não poupou novamente críticas contra a quadra azulada, principal novidade dos organizadores para 2012. Para Rafa, a superfície está longe de ser parecida com o tradicional saibro vermelho.

"Está longe de ser uma quadra de terra. Pedi para jogar com um tênis para grama, mas não deixaram, porque uma regra impede", admitiu Nadal, reclamando de o piso estar muito escorregadio. "Vamos nos adaptar e as condições são iguais para todos. Se eu perder aqui, será porque não fui bom o suficiente para vencer e não por causa da quadra. Mas estamos numa temporada de saibro e esta quadra está longe disso", emendou.

No dia de ontem, Novak Djokovic, atual líder da ATP e campeão em 2011, também soltou o verbo sobre a superfície azulada de Madri. "Para a quadra central é impossível se mover. Isto para mim não é tênis. Ou saio com chuteiras de jogar futebol ou convido o Chuck Norris para jogar nesta quadra", declarou o sérvio.

Nadal seguiu a linha do rival nesta quarta-feira. "(Novak) Djokovic falou ontem e eu já disse o que queria. O que não posso fazer é ficar contente, porque temos poucas chances de jogar em casa e é chato que não haja a intenção de ajudar os jogadores espanhóis. Minha opinião não conta para nada. Mas quando a maioria pensa igual, acho que não estou errado. Mas também entendo que não é culpa de Carlos [Moyá], Manolo [Santana] ou de [Ion] Tiriac, mas sim da ATP por permitir. Sou tenista e dou minha opinião sobre as quadras que eu conheço bem", concluiu o pupilo de Toni Nadal, que encara o compatriota Fernando Verdasco nas oitavas de final.

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