Polêmica

Indignado, Emilio Sanchez rebate críticas de Meligeni

Alvo de críticas de alguns ex-tenistas brasileiros, espanhol defende CBT e pede união ao tênis nacional


Nas últimas semanas, uma grande polêmica se instalou no tênis nacional. Alguns dos maiores nomes da história da modalidade no País vieram a público e teceram duras críticas ao trabalho realizado atualmente pela CBT, principalmente no que se referia ao coordenador técnico do tênis brasileiro, o espanhol Emilio Sanchez. Esta semana, porém, o experiente treinador resolveu deixar o silêncio de lado e se defendeu, também de forma dura, das palavras de, principalmente, Fernando Meligeni, Thomaz Koch, Nelson Aerts e Ricardo Acioly.

Emilio Sanchez não gostou das críticas, principalmente de Fernando Meligeni
Em nota publicada em seu site oficial, Sanchez comenta sobre um artigo que havia escrito há duas semanas, mas que, por conta da turbulência criada pelas críticas, preferiu adiar a publicação. Além disso, fez questão de se defender e aproveitou para lamentar a atitude de alguns ex-tenistas brasileiros.

O primeiro nome a ser criticado por Emilio foi o de Acioly, o Pardal, ex-capitão da Copa Davise hoje técnico do promissor João "Feijão" Souza. "Compreendo que as pessoas que não fazem parte do projeto falem, mas as críticas de Acioly me surpreenderam bastante. Há duas semanas atrás, chegamos a um acordo de que seu centro de treinamento seria um dos centros regionais, seu jogador receberia o dobro de ajuda financeira e outro jogador seu entraria no grupo de atletas que recebem apoio da CBT", declarou o magoado espanhol.

Lamentando a falta de entendimento entre as partes, Sanchez conta como imaginava a relação entre Confederação e ex-atletas durante o projeto que pretende realizar. "No meu artigo eu falava sobre a boa energia que se estava criando, do otimismo e das boas expectativas, mas depois destas declarações decidi não publicá-lo. Não tinha sentido divulgar que se estava ganhando credibilidade no nosso projeto se alguns nomes importantes do tênis brasileiro diziam o contrário".

Experiente, o treinador promete seguir trabalhando sem medir esforços para reconstruir o tênis brasileiro, mas se diz triste pela falta de apoio neste momento. "Vamos seguir nesta linha de trabalho que está começando a ter resultados e continuar melhorando. Uma pena que agora que estão aparecendo as melhorias para o tênis brasileiro, há pessoas que preferem seguir criticando e criando discórdia, optando por estar do outro lado da mesa ao invés de participar deste projeto global que estamos realizando", afirma o campeão da Copa Davis com a Espanha em 2008. Além disso, aproveita para pedir união, mesmo em um momento conturbado politicamente. "Acima de tudo deve-se haver um espírito de união entre todos, que é o que a gente está incentivando que aconteça".

Embora afirme aceitar as críticas, mesmo não concordando com a maioria delas, Sanchez não gostou nenhum um pouco das declarações de Meligeni, que cobrou através de seu blog que fossem divulgadas as contas da CBT, incluindo o salário pago ao espanhol. "Quero fazer referência à preocupação de Fernando sobre o salário pago pela CBT pelo meu trabalho. Não seria mais importante que ele estivesse preocupado com o tênis brasileiro? Não deveria perguntar em que eu tenho ajudado? Se sou necessário?", questiona o treinador. "Para que conste e seguindo um conselho de meu pai, "sempre dê mais do que recebes", me preocupei que a CBT não tivesse gastos comigo (Emilio trouxe um patrocínio à entidade). Assim, desde agora Fernando pode se preocupar com outras coisas".

Por fim, além de pedir união ao tênis brasileiro, o espanhol fez questão de defender o atual presidente da CBT, Jorge Lacerda, afirmar que as contas serão publicadas em breve no site da entidade e prometer que não medirá esforços em busca de seu grande objetivo. "Seguirei trabalhando para que sejamos o País numero um no tênis sul americano e sermos competitivo com as melhores escolas do tênis mundial", conclui o coordenador técnico do tênis brasileiro.

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Da redação

Publicado em 26 de Março de 2010 às 06:51


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