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Após estreia em Roland Garros, Rogerinho prevê: "Falta pouco para entrar no top 100"

Brasileiro passou o quali e jogou sua primeira chave principal em Paris; no entanto, deu azar no sorteio e sofreu com bombardeio de saques de Isner


Matheus Martins Fontes
Rogerinho não conseguiu segurar aces de Isner e caiu logo na estreia em Paris
Depois de passar o qualifying e ter o direito de jogar pela primeira vez a chave principal de Roland Garros, o paulista Rogério Dutra Silva não teve sorte no sorteio e acabou cruzando com o gigante John Isner, cabeça de chave número 10 em Paris e 11º do ranking mundial. Mesmo não sendo o saibro sua especialidade, o norte-americano tinha a estatura a seu favor [2,06m contra "apenas" 1,78m do brasileiro] e os 18 aces ao longo do jogo disseram tudo.

Em 1h34min, Isner fechou sem problemas o jogo por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/4. Rogerinho, que nunca havia enfrentado um rival de tal expressão, expressou toda a dificuldade na devolução de saque em entrevista à Revista TÊNIS após o jogo.

"A estratégia era fazê-lo jogar, ficar bem sólido do fundo, mas não comecei bem nos três sets, sempre com uma quebra atrás. E contra um jogador do porte dele, do jeito que saca, número 11 do mundo, é muito difícil voltar. Tem que tentar devolver como seja. Jogar o máximo de pontos possíveis, era o que tentava e mexer um pouco com a cabeça dele, devolver mais à frente, depois alternar para mais atrás, abrir um pouco a quadra. Lutei de todas as formas, mas hoje [ontem] não deu", explicou o tenista de 28 anos.

Na partida, a diferença nos serviços foi nítida não somente no número de saques indefensáveis, mas também no número de break points. Enquanto Isner derrubou por três vezes [em 11 oportunidades] o saque de Rogério, o brasileiro desperdiçou as duas únicas chances que teve. Em ambas, Isner se safou com sua arma poderosa.

Matheus Martins Fontes
Norte-americano foi soberano no saque - 18 aces ao longo do jogo
"Não achei que joguei mal hoje. Contra esses caras, é uma questão de aproveitar as chances. Tive um 15/40 no primeiro set para voltar, daí ele me deu ace e no outro ele deu um drop-shot que pegou na linha. Então, não tinha muito o que fazer", opinou o atual número 121 da ATP, que declarou estar satisfeito com seu nível após mais um Grand Slam jogado. No ano passado, Rogerinho entrou também no US Open, onde chegou à segunda rodada.

"Fiz uma ótima semana, passei o quali. E saio contente, é uma experiência muito boa, quero seguir bem agora. Nunca tinha jogado contra um cara que já foi top 10, ele é 11 do mundo, foi uma experiência muito válida e mostra que dá para jogar contra esses caras. Acho que é seguir nesse nível. Estou adquirindo um ritmo mais alto, algo que estava faltando para mim, mas essa semana joguei muito bem. E acho que está faltando pouco para entrar entre os 100", encerrou.

Na sequência, Rogério joga dois Challenger e, depois, segue para o qualifying de Wimbledon, em busca de sua estreia no Major disputado em quadras de grama. Após a gira, deve voltar ao Brasil para se preparar para os torneios ATP do segundo semestre.

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Matheus Martins Fontes, Enviado Especial A Paris

Publicado em 29 de Maio de 2012 às 08:03


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